sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

TURISMO NA DISPENSA: UM SALTO PARA TRÁS


O cenário político do país se enche de esperanças com relação ao futuro,  novo governante, todos sabemos quais os problemas que sangram a nossa economia e aos poucos a sangria será cicatrizada, todo o governo está imbuído num projeto de estabilização e no pensamento do desenvolvimento, Aliás, a situação é complicada quando o comandante só sabe administrar ou apenas faz isso, não busca o desenvolvimento. Assim, qualquer um pode ser um administrador - gastar menos e ter o que gastar -, mesmo que só gaste com o custeio ou manutenção de uma cidade, estado ou da nação. Apenas administrador não basta. Que venha novos ventos  desenvolvimentistas para 2019.

Apesar de muitas esperanças no Governo Federal, por pouco não perdemos o Ministério do Turismo, lá foi colocado um político com indicação do trade nacional. Humm, tá bem, mas, tem que trabalhar mesmo. Estive procurando na internet a formação do nosso Ministro, demorei a encontrar, é empresário e deputado federal eleito. Caramba, como fazer o impulsionamento do turismo brasileiro? Será que vai subir? Será?



CENÁRIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
A posse do governador do Estado do Pará me encheu de esperanças,  porém, rapidamente tive um susto, extinguiu a Secretaria de Turismo, como? Por que? Não sei. Ao analisar o PIB do Pará vi que precisamos do turismo, (veja o link: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/pib-do-para-chega-a-r-1309-bilhoes-e-sobe-duas-posicoes-no-ranking-nacional.ghtml) a participação dos setores econômicos em 2015, observou-se que o setor agropecuário contribuiu com R$ 14,5 bilhões, o que representa na estrutura produtiva do Pará 12,24%, apresentando um ganho de participação em relação ao ano anterior (0,35p.p.), em grande medida pelo desempenho da pecuária.

O setor industrial (basicamente a extração mineral) adicionou à economia R$ 33,2 bilhões, a participação de 28,05% no ano representou uma perda de 1,43 p.p em relação a 2014, resultado ocasionado principalmente pelo desempenho em valor da extração mineral.

Os serviços, exceto a administração pública, alcançaram R$ 44,8 bilhões, ou 37,9% do VA estadual e também apresentou perda de participação de -0,15 p.p, influenciado, em parte, pelo baixo desempenho em valor do comércio.

A agropecuária, com crescimento real de 2,76% em 2015 foi influenciada pelo desempenho das três atividades do setor, com destaque para a produção vegetal, pesca e aquicultura que apresentou variação real de 9,89%, acima da média estadual. A agricultura e a pecuária cresceram 1,42% e 0,77%, respectivamente.

O PIB pela ótica da renda é calculado a partir da agregação da remuneração dos empregados, do total dos impostos incidentes sobre a produção, líquidos de subsídios, do rendimento misto bruto e do excedente operacional bruto. Ele mostra como se processou a distribuição do valor adicionado pela produção de bens e serviços, entre as famílias que receberam salários e o lucro percebido pelos empresários; além dos impostos gerados na produção e comercialização.

E assim, o Governador do Estado tem uma das forças da economia estadual a extração mineral, da Senhora Vale, cuja matéria-prima não é renovável, ou seja, um dia vai acabar e pelo jeito (atual) vai ser muito rápido, opta por diminuir ainda mais suas vocações, não tem a pretensão de diversificar o setor produtivo através do turismo, nosso estado possui dois grandes centros de convenções e estes já se encontram enfraquecidos.  

Nós precisamos das riquezas produzidas pelo Turismo Estadual pensando no Regional. Cabe ao governador este entendimento e que os bons ventos cheguem em todos os municípios. Já temos um turismo crescente na Capital, em Santarém, Marajó e falta para os demais municípios. Será que é vergonha do que temos para mostrar? 

Já pararam para ver o site da SETUR-Pará (http://setur.pa.gov.br/)? Totalmente desatualizado, abandonado. ISSO NÃO PODERIA ACONTECER. QUE TRISTEZA.


CENÁRIO MARABAENSE

Se o título deste post é um salto para trás, enquanto todos pensam em avançar e aproveitar as oportunidades, as potencialidades, nós declaramos sua menor sua importância. O município de Marabá, embora tenha a Secretaria de Turismo, não há nela uma pessoa a lhe dar tratamento preferencial e estratégico. Os anos vão passando e o turismo não avança, não se projeta para gerar empregos e rendas. Aliás, a cidade está bem organizada, limpa e bela, realmente muito bem cuidada, mas, falta a política do turismo nesta cidade de localização estratégica, privilegiada, dotada de aeroporto regional, quatro a cinco rodovias (estadual e federal), centro de convenções, grande rede hoteleira e gastronômica, abençoada por Deus por dois rios de imensas belezas - o rio Tocantins e o Itacaiúnas - mas, para que? 

Os números do PIB Marabá de 2016 (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/maraba/pesquisa/38/47001?tipo=ranking&ano=2016)  o colocam em terceiro lugar no Estado (http://maraba.pa.gov.br/wp-content/uploads/2018/07/Censo-Empresarial-de-Marab%C3%A1.pdf), onde Belém está em 1º lugar R$ 29.426.953,03, 2º Parauapebas 12.638.245,52 e em 3º Marabá R$ 7.479.674,67. Apesar disso, nosso PIB está baseado em 52,50% em serviços (R$ 3.420.141 Mil; Indústria 43,34% R$ 2.822.976 Mil e Agropecuária 4,16% R$ 270.657 Mil). 

Na prática somos uma cidade com perfil de uma capital em termos de estrutura,  somos o centro de um região que buscou sua emancipação política na criação do Estado de Carajás, caso fosse criado teria uma população de 1,7 milhão de habitantes. O nosso PIB está fortemente baseado na extração mineral, da Dona Vale,  minérios não tardam a acabar e depois? Que fizemos para a nossa economia? Que fizemos dos milionários royalties? 


UM SALTO PARA TRÁS - TURISMO NA DISPENSA

Vejo pessoas que sabem dar cambalhotas no ar, em especial os lutadores de capoeira (o salto se chama parkou), além de ginastas e esportistas. No cenário Estadual e Municipal na questão do setor produtivo, diante da estrutura que temos e do potencial, o turismo nessas políticas (Estado e Município) estão dando saltos para trás. Por falta de uma política do turismo estamos deixando de gerar muitos e muitos empregos, onde o investir R$ 1 representa o retorno de R$ 7, onde um turista representa e assegura o emprego para até 11 pessoas, tudo a baixo custo.

Falar de turismo no Pará, em Marabá é ficar sem assunto, não há articulação, fomento, política, tudo esquecido, deixado no canto da dispensa a se cobrir de poeira. 



Gosto de ver saltos para frente.

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