quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O COMÉRCIO PRECISA DE CUIDADOS, QUE CHAMEM O CHAPOLIN COLORADO!



O setor de serviços que engloba o comércio é um dos mais produtivos na produção e geração de riquezas, graças a iniciativa privada o comércio é pujante e se rebola para se manter, sobreviver, não fechar as portas. O fechamento de um estabelecimento comercial deveria ser motivo de comoção local, principalmente em decorrência dos empregos perdidos, pais de famílias que, depois de décadas voltam a procurar por novas vagas, mas, infelizmente, parece, que mais fecham do que abrem empresas, a felicidade maior é vê-las de portas abertas. Do outro lado está outro tipo de trabalhador, o empresário, geralmente esquecido e quase sempre mal visto pela sociedade, é ele que gera 5, 10, 20, 50, 100 empregos e, sem reconhecimento justo, é perseguido com uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo, por fiscalizações onde se cobra de tudo. Enfim, o patrão, o empregador, paga os seus funcionários, paga o contador, paga os impostos municipais, estaduais e federais, fica no vermelho, não lhe sobra nada.

Um empresário é um trabalhador que trabalha muito mais do que 8 horas diárias, muito mais. O seu pagamento é a sobra, se sobrar. Este setor fica alheio das atenções dos representantes do povo (dos vereadores), do prefeito, de entidades, não fazem uma campanha para se comprar no comércio local, campanha de vendas, não apoiam as ações empresariais, enfim, não é visto.

Se não temos um defensor, um representante do comércio a culpa é de todos os empresários, procuram resolver seus problemas individualmente, não é fácil e sofre muito. Há quem defenda os consumidores. Quem defende os comerciantes?




COMPRE NO COMÉRCIO DE MARABÁ
No ano passado criei esse blog para tratar do comércio local, colocar em evidência notícias a respeito, no entanto, a bola não quicou, a planta não fez sombra, não tivemos apoio, não conseguimos adesão. Neste ano procurei uma personalidade do comércio, levando as mesmas ideias do ano passado e a mesma esbarrou, o argumento é que precisamos ver a entidade crescer, ser representativa e lutar por isso, aquilo, e mais aquilo, nada de incrementar ações na prática. Defende o comércio?

Compre no Comércio de Marabá chegou em diferentes frentes, nelas não encontrou adesão, apenas um pouco de simpatia. Se fechar uma empresa comercial e não for a sua, não tem problema. Não se pensa num planejamento de ações com base numa produção associada, sim, isso mesmo, nosso calendário cultural poderia ter atividades empresariais atreladas, não tem. Quem luta pelo comércio, luta em prol de que?

É costume dizer que a cidade de Marabá possui tudo que há em uma capital, numa proporção menor, claro. São peças soltas que não forma uma ação prática. Se quisesse, poderia gerar muita coisa, inclusive, atrair indústrias para cá, isso mesmo. O nosso município agora precisa de indústrias, que não sejam de extração mineral (estas, não impactam no nosso comércio), as mineradoras trazem funcionários de fora que nem gostam e nem compram aqui. Que indústrias seriam essas? Nós temos a pecuária que produz uma quantidade enorme de produtos e subprodutos, certo? Temos o setor da agricultura onde temos muitas terras, homens e água para produzir alimentos, certo? Temos um centro logístico de localização estratégica, certo? Temos dois rios importantes que poderiam servir a produção de peixes, certo? Enfim, muitas coisas numa cidade que detém cerca de 11 universidades e que ainda não aprendeu, não estudou, não fez um diagnóstico e um prognóstico do que essa cidade pode investir com os recursos dos royalties da mineração, por exemplo, que um dia vai se esgotar. Nem de recursos privados, zero a zero.

A campanha Compre no Comércio de Marabá foi uma criança que morreu precocemente. Nasceu em maio e praticamente faleceu em setembro de 2018. Chegou ao mundo desnutrida de coragem, tomou sopa rala de apoios, se enfraqueceu de ações e morreu, como tudo morre, se acaba. Morreu sem parecer que tenha nascido. E no comércio ainda continua cada um por si. Se virando nos trinta, caindo, ralando, batendo, morrendo.

A loja ali na frente fechou. Fechou? Ah, bom. Tá bom. Tá bom nada sujeito, vai demorar um tempão para abrir outra e os pais de famílias? Por que que fechou? Quem se preocupa?

Eu sou do comércio e tinha que fazer esse desabafo. Estamos a procura, quem viu o Chapolin Colorado? 

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