segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

RORAIMA, A SAVANA AMAZÔNICA

Boa Vista é uma região riquíssima em belezas naturais, de gente interessante, de histórias, de lendas, de cultura, ritos e mitos. Um município com um quê de cidade pequena. Boa Vista foi, e para muitos ainda é, a terra da oportunidade, que na década de 1980 recebeu imigrantes em massa com a exploração do garimpo. Uma cidade que nasceu no século 19, quando as fazendas começaram a se erguer à beira do rio Branco, no então chamado povoado da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo. Hoje, a arquitetura das áreas mais antigas, próximas ao rio, revela o estilo neoclássico da virada do século. É uma cidade bem planejada, que exibe a quem a vê do alto um traçado urbano moderno em formato de leque, com avenidas largas que acabam (ou começam) no centro cívico – projeto do arquiteto Alexandre Dernusson, dos anos 1930, lembrando à antiga Paris.

A capital de Roraima oferece diversas opções aos moradores e visitantes. Você pode bronzear-se e passar um dia agradável com os amigos nas praias que aparecem nos rios Branco e Cauamé durante o verão. Durante o inverno amazônico, faça um passeio de barco e conheça a cachoeira da Serra Grande, a poucos quilômetros da cidade.



Em qualquer dia da semana, o Centro de Turismo, Artesanato e Geração de Renda, no Velia Voutinho, no complexo poliesportivo Ayrton Senna, estará de portas abertas. A diversidade cultural e étnica de Roraima pode ser conferida nos diversos produtos à venda no local. Técnicos em turismo estarão à disposição para orientar sobre os principais pontos de visitação da cidade.

Durante o passeio, desfrute da culinária típica da região. Paçoca com banana, damorida, tacacá, mungunzá, tambaqui na brasa e outros pratos deliciosos estão a sua espera nos mercados municipais e nos restaurantes. Depois de descobrir um pouco do gosto de Roraima, é hora de encantar-se com a fauna e a flora da região.

Faça um city tour em Boa Vista!


Casa de Petita Brasil
O local tem uma história que data de 1892, quando a casa começou a ser construída, especialmente para o casamento da filha de Bento Ferreira Marques Brasil. Em estilo neoclássico, tornou-se referência quando o assunto é arquitetura, história e tradição. O arco gótico, a platibanda vazada, os frisos de arremate da cornija e as belas pilastras remetem à época em que foi construída logo acima do antigo porto do Cimento, onde atualmente está uma das plataformas da Orla Taumanan. A casa em estilo neoclássico possui lustres, móveis franceses e muitos cristais, tudo numa produção mais rústico. Petita Brasil é filha de Adolfo Brasil e Tereza Magalhães, irmã de Parimé, Amazonas e Rio Branco. Famílias tradicionais que ajudaram no estabelecimento econômico e social da capital Boa Vista.

Casa da Cultura
O estilo art decó da Casa da Cultura Madre Leotávia Zoller, encanta os visitantes. O edifício foi construído em 1940 para ser uma simples residência, mas se tornou a morada oficial dos governadores até a construção do Palácio Hélio Campos. Depois disso, tornou-se a Casa da Cultura, tombada pelo Governo Estadual em 1984.
            

Monumento ao Garimpeiro
Uma homenagem aos áureos tempos do “milagre amarelo” e àqueles que trabalharam e contribuíram para o desenvolvimento do Estado. Construído na década de 1960 pelo governador Hélio da Costa Campos, o monumento simboliza um homem garimpando com sua bateia. A obra fica na Praça do Centro Cívico, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos. O ponto é uma das referências da capital.


Centro de Artesanato
Está próximo a Orla Taumanan e em frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo, a Igreja Matriz. Lugar para comprar o que há de mais típico em Roraima, que é seu artesanato indígena, o Centro está localizado no antigo endereço do Mercado Municipal de Boa Vista. Quando ficou vago, a Cooperativa de Artesãos de Roraima solicitou ao Governo a ocupação do edifício, então no governo do prefeito Barac Bento foi formalizada a doação do terreno para a permanência definitiva dos artesãos. É uma boa oportunidade para o visitante conhecer também o centro histórico de Boa Vista.

Complexo Poliesportivo Ayrton Senna
São 3 quilômetros de muito lazer para a população, que pode usufruir de uma infra-estrutura com quadras de tênis, de vôlei, de futebol e de basquete; pistas para cooper, patinação, bicicross e kart; parques infantis; bares com música; sorveterias; restaurante; quiosques de artesanato; praças e vários cantinhos com bancos para sentar e simplesmente observar tudo o que acontece ao redor. Na Praça está o Portal do Milênio, que é o monumento que marcou a passagem para o ano 2000, e, junto com a praça das Águas e a praça dos Artistas, compõe um dos mais agradáveis espaços de lazer de roraimenses e visitantes.


Festa junina
A festa junina de Boa Vista apresenta a diversidade que o Brasil levou para aquele território. Tem quadrilheiros, forrozeiros, fogueira, balões, arraial, comidas típicas, concurso de quadrilha e de música junina, casamento e música de todas as regiões brasileiras. O Arraial do Parque Anauá, realizado pelo Governo do Estado, atrai cerca de 150 mil visitantes, em nove dias de festa.
                 
Igreja Nossa Senhora do Carmo (Matriz)
Construída em meados de 1892 pelos missionários franciscanos no mesmo local em que os frades carmelitas fundaram uma capela em 1725 (nas Missões do Rio Branco, em madeira e terracota), é um dos marcos de Boa Vista. Entre os anos de 1914 e 1917, passou por uma reforma devido o estado de calamidade, quando D. Gerado Van Caloen, primeiro bispo das missões na bacia do rio Branco, foi morar em Boa Vista. Em 1921, D. Pedro Eggerath foi eleito o segundo bispo do rio Branco e, entre outras obras, conferiu à igreja matriz o estilo germânico. Datam dessa época o átrio, a pintura, a torre para o campanário e a sacristia. No interior, foram conservadas a pintura marmorizada, o piso em ladrilho português e o forro. A igreja ganhou dois altares laterais, bancos, estalas, via sacra, balaustrada e, ainda, um conjunto de prataria belga e alemã. As janelas foram substituídas por vitrais pintados.

Catedral Cristo Redentor
A arquitetura moderna e arrojada da catedral de Boa Vista também atrai quem procura por uma igreja de características convencionais. Projetada pelo arquiteto italiano Mário Fiameni, a construção começou em 1968 e durou quatro anos. Suas formas sugerem três símbolos: a harpa, o navio e a maloca indígena.
Parque Anauá
Considerado o maior parque de lazer da região Norte, conta com infra-estrutura como anfiteatro, forródromo,centro de artesanato indígena, galeria de artes, escolas de música, museu, horto florestal, lago natural, fonte luminosa, ginásio poliesportivo, kartódromo, pistas para cooper, aeromodelismo, motocross, skate e bicicross, além de lanchonetes e restaurantes. Também é possível deitar na grama e ler um  livro em frente ao lago. Lá, a sinalização brinca com os visitantes: a placa que indica velocidade máxima de 20 km/h faz referência a uma tartaruga. Anauá é o “lugar de encontro”, segundo o vocabulário Macuxi. 


Prelazia
Até as pessoas mais dispersas ficam encantadas diante dessa bela construção que data de 1907. Em estilo neoclássico e com arquitetura original preservada, a Prelazia representa um marco na arquitetura e na cultura de Boa Vista. Entre os anos de 1924 e 1944, sediou um hospital e serviu de residência a padres e bispos. Em 1946, tornou-se sede do Governo. Após a criação da Prelazia, desvinculando-se da Diocese de Manaus, ela foi confiada aos monges beneditinos, subordinados ao mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro. Eles permaneceram na cidade entre 1909 e 1948. Atualmente o prédio sedia a Diocese de Roraima.

Orla Taumanan
Espaço de convivência, orla suspensa, espaço de lazer dividido em plataformas. Seja qual for a descrição, é este o lugar ideal para admirar o rio Branco de dia e, à noite, a lua. E, para agradar aos mais diversos gostos, os encontros ali marcados são embalados por samba, pagode, forró, música pop ou regional – bem como deve ser um lugar que se chama Taumanan, que significa “paz” em Macuxi.

Ilha da Praia Grande
Trata-se de uma pequena ilha separada da terra firme por um braço do rio Branco, um ponto freqüentado tanto por quem quer tomar um sol quanto pelos mais aventureiros, que escolheram o local para praticar esqui aquático, canoagem e vela. Mas bom mesmo é tomar o banho de água doce e caminhar até algum lago para curtir a natureza. O acesso é feito por barqueiros às margens do rio Branco.


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