segunda-feira, 13 de abril de 2020

CARLOS GOMES LEITÃO – 117 ANOS DE SUA MORTE


Vou aproveitar esta data, pois no dia 13 de abril de 1903 faleceu o verdadeiro fundador do município de Marabá. Consegui muito material sobre o nosso homenageado, muito mesmo, se parasse para olhar tudo, demoraria a publicar este texto, que vai resumido. Carlos Gomes Leitão, o fundador do povoado que deu origem ao município de Marabá, embora, muitos ignorem este fato, a história por meio de personalidades que visitaram o Burgo Agrícola Itacaiúnas confirmam tudo, nasceu no dia 12 de maio de 1838, na Cidade de Carolina, Estado do Maranhão, era filho de Alexandre Germano Acácio Gomes e Judith Sampaio Fontenelli Leitão. Ficou órfão de seus pais quando criança, sendo criado e educado por seus tios. 

Era neto do influente coronel Francisco Germano da Silva. Estudou em Caxias, no Maranhão, retornando ainda adolescente para a companhia do avô Francisco Germano da Silva, na cidade de Boa Vista do Tocantins (hoje Tocantinópolis), cresceu sob a influência do avô, que era político e foi Intendente (cargo de Prefeito) daquela cidade por mais de 10 anos.

Ele ocupou diversos cargos públicos, era homem de ilibada honradez. Foi Coronel da Guarda Nacional em 1896 (este título não foi comprado). Exerceu dois mandatos de deputado durante o período monárquico e um já no período republicano. Foi deputado constituinte estadual de 1891, foi Deputado Estadual na Primeira Legislatura Brasileira de 1892 a 1894. Foi membro do Partido Liberal no período do Império, foi membro do Partido Republicano de Goiás em 1891 (Bulhonista).

Após a Primeira Revolta de Boa Vista, que foi parte importante, abandonou Boa Vista, conseguiu auxílio financeiro para fundar um burgo agrícola em Itacaiúnas que, com o descobrimento da borracha e a atração de migrantes, dá origem à esta cidade. Foi um negociante, fazendeiro, um bravo lutador e desbravador da margem esquerda do Araguaia e Tocantins.

Leitão morreu atacado pelo açoite primitivo das matas: a malária, no dia 13 de abril de 1903 no Burgo Agrícola do Itacaiúnas e ali mesmo fora sepultado,  Neste 13 de abril de 2020 completa-se 117 anos do falecimento do fundador de Marabá. 



BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS - https://portal.al.go.leg.br/deputado/perfil/deputado/1964
BRANDÃO, José da Silva – As origens de Marabá de 1590 – 1913, volume I. Editora Chromoarte, 1998.
CARVALHO, Carlota- O Sertão : subsídios para a história e a geografia do Brasil / Organização e notas de Adalbert Franklim, 3ª edição revista e ampliada – Imperatriz, MA, Editora Ética, 2006.
COUDREAU, Henry Anatole – Voyage au Tocantins Araguaya. Editora Al Lahure Imprimeur Editeur, Paris, 1897.
EMMI, Marília Ferreira – A oligarquia do Tocantins e o domínio dos castanhais. – Belém: Centro de Filosofia e Ciências Humanas/NAEA/UFPA, 1987.
JADÃO, Paulo Bosco Rodrigues-  Marabá. A História de uma parte da Amazônia, da gente que nela vivia e da gente que a desbravou e dominou, fazendo-a emergir para a civilização, de 1892 até nossos dias.  Editora Prefeitura Municipal de Marabá, 1ª edição, 1984.
LAGENEST, D. Barriel de – Marabá, cidade do diamante e da castanha, Editora Anhambi S.A. São Paulo, 1958.
MATTOS, Maria Virgínia Bastos de – História de Marabá. Revista e aumentada. Editora Fundação Casa da Cultura de Marabá, 2ª edição, 2013.
SILVA, Ignácio Xavier da – O Crime do Cel. Leitão,  Sedição na Comarca de Boa Vista do Tocantins, do Estado de Goiás – 1892 – 1895. Editora Oficinas Gráfica Popular, Goiás, GO, 1935.
VIAGEM AO TOCANTINS – Livro apócrifo, Editora Grafisa, Belém, Pará, 2ª edição, 1983.

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