A respeito da relação de amor para com a cidade em que se vive, com a valorização do comércio local, como forma de dar uma ajuda aos empresários acometidos fortemente por uma crise que não tem fim, recentemente presenciei um embate de ideias, um a favor da relação de amor e outro contrário. Farei a omissão de nominar as personalidades em conflito. Vamos aos embates.
De um lado uma pessoa que sempre está sendo homenageado, título de cidadão, de amigo de entidade tal e tal. Pessoa que veio de outra cidade e aqui está por quase 20 anos e tem relevantes serviços prestados, razão pela qual é pessoa querida e premiada. Este, tendo o direito de voz, percebendo o contexto da reunião defendeu uma relação bem próxima para que o comércio se estabeleça a partir de sua gente para dar retorno como forma de valorização do comércio local, entendendo que este é um instrumento acima de tudo de geração de emprego e renda. Se não houver essa reciprocidade, acredito que fica complicado, para você ver a sua cidade crescer, sem ver comércio local crescer.
Esta relação se estabelece com amor ao lugar onde se vive, é um encantamento por ela, eu tenho que jogar essa cidade, o seu povo, o nosso patrimônio na minha alma, no meu coração e, acima de tudo construir essa relação de pertencimento, que a cidade é minha, que a cidade é nossa, que está crescendo e precisa ir caminhando para crescer e nós desejamos a parte qualitativa de vida, social e, nesta perspectiva do crescimento, o comércio não deixa de ser, obviamente, base. É muito importante que nós estejamos atentos aos acontecimentos e estar sempre abertos para dialogar, para nos compreender e procurar fazer o melhor e de forma conjunta.
Agora, com muita clareza e lucidez, o comércio é um organismo forte e representa muito na vida da cidade, e na vida da comunidade. Portanto, temos que estar todo o tempo prestigiando o que é nosso, o que nos cerca, o que é construído aqui. Jamais podemos caminhar por outra direção, quando digo nós, coloco todos os segmentos, é a Câmara de Vereadores, o Executivo, as associações, as organizações, todos. Finalizando suas palavras.
E o debate continuou, agora outra pessoa, também não nascida na cidade, ele de forma muito convincente, chamou a atenção para o recente evento do protesto dos caminhoneiros, quando os postos de combustíveis aumentaram o preço do litro da gasolina, mesmo sem zerar o estoque nos tanques, pois, somente combustível comprado mais caro justificaria o preço que estavam cobrando. De modo muito enfático, deu a cartada final: com o exemplo acima, não há relação de amor entre clientes e comerciantes. O que foi feito foi um absurdo.
Considerações Finais:
Eu tinha que postar este caso, precisamos abrir a consciência. Quando se compra um produto que existe no comércio local em outra praça, fica bem claro que o comerciante local deixou de vender, o dinheiro que circularia aqui foi para outra cidade, então, tem a questão do preço e a questão dos empregos. Quase sempre a diferença é bem diminuta. Deixamos de fortalecer nossa cidade, nossos lojistas e a própria gestão pública, pois, com o fechamento de empresas cessam o recolhimento dos impostos municipais, as taxas, aumenta o contingente de pessoas desempregadas que se tornam vulneráveis para grupos de mal feitores.
Quando o colega colocou a situação de amor, ficou bem claro que era com a cidade onde mora, pois, são muitos os pontos positivos: ajuda a economia da cidade, cria postos de trabalho e ainda ajuda a gestão municipal a tornar a cidade mais limpa, melhor cuidada, a construir mais praças, postos de saúde, escolas, parques e etc.
E você deixa de gerar empregos locais para manter os empregos em outras cidades. Se você, ao passar por alguma rua e encontrar um comércio a placa de "aluga-se" ou de "vende-se", compreenda uma coisa, a cidade perdeu impostos, taxas, deixou de gerar empregos e, ainda mais, os desempregados poderão se tornar os bandidos do amanhã. Entenderam?
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