Imagens de satélite do Google Map |
O Bairro do Amapá está
integrado ao núcleo urbano da Cidade Nova, é o mais populoso dos distritos
do município e o segundo mais densamente povoado. O distrito apropria-se
do nome do bairro homônimo (Cidade Nova), que é o mais importante centro
comercial do distrito e um dos mais importantes do município. É a segunda área de ocupação regular mais antiga de Marabá,
primeiro foi o Francisco Coelho, tendo este processo iniciado ainda na década
de 1920.
O povoamento da área da Cidade Nova está ligado aos fenômenos de enchente que atingem a cidade de Marabá desde os primórdios de sua fundação.
O povoamento da área da Cidade Nova está ligado aos fenômenos de enchente que atingem a cidade de Marabá desde os primórdios de sua fundação.
Durante a enchente de 1904 é esboçada a
primeira possibilidade de povoação da área de Quindangues (Cidade Nova), como
alternativa para a Velha Marabá. Conforme o nível do rio subia, mais famílias
deslocavam-se para Quindangues. Entretanto com o cessar das chuvas e das
cheias, novamente retornavam à Velha Marabá.
A Primeira ocupação do Bairro do Amapá
Imagem antiga do Porto de Canoinhas - Phot Bastos |
Entre o final da década de 1920 e o início da década de 1940 a população
do Amapá cresceu, conforme crescia a população da Velha Marabá. Neste período a
grande safra de castanha e a retomada da atividade da borracha trouxe à
Marabá uma grande quantidade de imigrantes, que permitiu a expansão da grade urbana
da futura Cidade Nova. A enchente de 1935 também contribuiu para que um
contingente populacional razoável se instalasse definitivamente no bairro do
Amapá, permitindo ao mesmo, ganhar contornos urbanos mais visíveis.
Em 1947 mais uma grande enchente atingiu Marabá,
e novamente a prefeitura precisou organizar a retirada das famílias flageladas
para o bairro do Amapá e para a recém-criada vila de São Félix de Valois (atual
distrito urbano de São Félix). Em consequência das contantes enchentes, a
prefeitura de Marabá elabora os primeiros projetos para fixar novas famílias na
Cidade Nova (ainda sob o nome Quindangues) em 1951, estimulando a instalação de
agricultores, como forma de garantir o abastecimento básico de alimentos para o
município. Concentram-se neste período na área da Cidade Nova, atividades
ligadas à construção e reparos de barcos e também a alguns serviços urbanos.
Em 1957, coincidindo novamente com uma grande enchente, formula-se o
plano de desativação e retirada da população da Velha Marabá, transferindo-os
para a área onde atualmente se assenta o Aeroporto João Correa da Rocha, no
bairro do Amapá. A área foi limpa, demarcada e preparada para receber os novos
moradores, entretanto houve forte resistência da população, que preferiu
permanecer nas áreas vulneráveis.
Crescimento maior se deu na década de 1970
Moderno Aeroporto João Correa da Rocha - Foto: Arnilson |
A rodovia Transamazônica e logo depois a Ponte sobre o rio
Itacaiúnas, foram as peças chave para que o processo de ocupação da Cidade
Nova acontecesse de forma mais intensa. A rodovia dividiu o antigo bairro do
Amapá ao meio e levou diversas pessoas a se instalarem ao longo da rodovia (no
Amapá era feita a travessia de balsas para a Nova Marabá). Com a
inauguração da ponte, o trafego de veículos e pessoas em direção à Cidade Nova,
cresceu consideravelmente.
Em 1973 foi iniciada a construção do conjunto
Jarbas Passarinho, depois chamado de Vila Transamazônica, em função de estar
localizado às margens da rodovia do mesmo nome. A Vila Transamazônica acabou
sendo popularizada sob o nome de "conjunto Cidade Nova", pois era
desta forma que os técnicos da COHAB a denominavam. Aos poucos o nome
"Cidade Nova" foi sendo utilizado para denominar toda a área urbana
que se localizava na margem esquerda do rio Itacaiúnas.
Em 1974 começaram as construções da sede do
INCRA e das residências dos funcionários do órgão. A área do INCRA recebeu
a denominação de "Agrópolis INCRA", também é chamada de Agrópois do
Amapá, atualmente tem a função de bairro administrativo do município, sediando
os mais diversos órgãos das esferas federal, estadual e municipal.
Paralelamente a prefeitura de Marabá montou um posto avançado e organizou a
ocupação dos bairros Parque das Laranjeiras, Belo Horizonte e parte do Novo
Horizonte.
Mesmo tendo
uma ocupação espontânea, a Cidade Nova apresenta uma organização urbana
razoável, fato que não é observado no distrito da Velha Marabá. Após a
consolidação da área da Cidade Nova (juntamente com a Nova Marabá), observa-se
uma clara regressão da Velha Marabá, que deixou de ser o centro demográfico,
político e econômico do município.
A consolidação da ocupação da Cidade Nova
deu-se por diversos fatores, mas principalmente devido à sua topografia, que se
distingue da Velha Marabá pela não vulnerabilidade às enchentes anuais e pelo
parcelamento em quadrícula.
O Amapá abriga o Aeroporto João Correa da Rocha, o funcionamento por mais de 40 anos do Colégio Santa Terezinha, o lindo Hotel Del Príncipe, o Ministério Público Federal e Estadual, a Câmara Municipal, o Incra entre outros órgãos importantes.
O Amapá abriga o Aeroporto João Correa da Rocha, o funcionamento por mais de 40 anos do Colégio Santa Terezinha, o lindo Hotel Del Príncipe, o Ministério Público Federal e Estadual, a Câmara Municipal, o Incra entre outros órgãos importantes.
O Porto das Canoinhas e o Turismo
Travessia com passageiros no Porto das Canoinhas - Foto: Arnilson |
É natural que seja destacado o Amapá como um
dos bairros pioneiros e o uso de canoas quando não havia a ponte sobre o rio
Itacaiúnas, sendo esse o único acesso aos dois principais centros urbanos que
havia. Também, para se chegar a Nova Marabá, tempos depois.
Os bairro do Amapá, assim como o do Cabelo Seco, por sua importância histórica encontram-se esquecidos das gestões públicas. A cidade de São Luís do Maranhão é um bom exemplo da exploração de seus prédios e espaços históricos, muito diferente na sua arquitetura é claro, mas, ali os turistas conhecem o passado e se encantam. O bairro do Amapá bem que poderia ter um porto, uma orla, uma praça com monumentos atestando seu glorioso passado e o muito que serviu para muitas famílias flageladas pelas enchentes.
No Porto das Canoinhas muitos trabalhadores vivem do transporte de passageiros, pelas canoinhas até um ponto do outro lado do rio, na Velha Marabá. Enfim, trata-se de trabalhadores que precisam melhorar em muito sua condição financeira.
No Porto das Canoinhas muitos trabalhadores vivem do transporte de passageiros, pelas canoinhas até um ponto do outro lado do rio, na Velha Marabá. Enfim, trata-se de trabalhadores que precisam melhorar em muito sua condição financeira.
Referências
Texto compilado do publicado na internet, no
endereço abaixo, com informações gerais e as fontes de referências necessárias:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_Nova_(Marab%C3%A1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.