Vamos
descobrir sobre uma revolta que aconteceu em Marabá, mas, por enquanto vamos
tentar desenhar um quadro de sua época, bem no começo aqui era tudo floresta,
mata fechada, quando chegaram os pioneiros que chegaram ao Burgo Agrícola do
Itacaiúnas e, seu crescimento e a descoberta e a exploração de riquezas como o
caucho e a castanha, trouxeram para cá inúmeros aventureiros e desbravadores,
ávidos por conseguirem uma vida melhor nestes rincões. Entramos pela porta da
história num cenário rural onde predominavam as riquezas livres, cujas terras
ainda não tinham proprietários, muito menos os produtos de origem vegetal e
animal.
Crescia
uma atividade extrativista no meio da floresta, nas proximidades dos rios
Tocantins e Itacaiúnas, o capital se introduzia de modo grosseiro nesta região
primitiva onde havia os castanhais do povo no qual se podia fazer as coletas em
terras de domínio público, onde ainda não havia agricultura e muito menos a
pecuária, era uma criança que já conseguia dar seus primeiros passos. Passada a
época do esplendor da borracha que afetou durante pouco tempo a região, a
economia de Marabá se apoiou fortemente no extrativismo da castanha, que no
começo a extração era livre e as terras não eram propriedades particulares,
coisa que começou a acontecer por volta de 1920, de diversas formas. Nesta
altura a castanha alcançou preços elevados no mercado internacional (Estados
Unidos e Inglaterra), que veio viabilizar o controle da terra.