quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Riqueza Ambiental - Marabá

O município de Marabá é detentora de invejável patrimônio natural, formado por Unidades de Conservação que compõem o Mosaico de Carajás, sob a competência do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade - ICMBIO, cuja missão é de proteção, preservação e fiscalização dos recursos naturais.  Em nossa região temos as seguintes unidades de Conservação do Mosaico Carajás:

 Floresta Nacional do Itacaiúnas; 
 Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri;
 Reserva Biológica do Tapirapé.
 Floresta Nacional de Carajás;
 Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado.


Assim, vamos mostrar um pouco dessas áreas conservadas e resguardadas da pressão exercida pelo avanço urbano e de ações que envolvem a perda de vegetação nativa. As áreas acima citadas abrange áreas dos municípios de Marabá, Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás, Parauapebas e São Félix do Xingu. Inicialmente vamos elencar as Unidades de Conservação começando por Marabá que toma parte na Floresta Nacional do Itacaiúnas, Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri e Reserva Biológica do Tapirapé e, na próxima postagem as demais Unidades de Conservação.



Floresta Nacional do Itacaiúnas (Flona do Itacaiúnas)


A Floresta Nacional do Itacaiúnas apresenta cerca de 71% de Floresta Ombrófila Aberta e pouco mais de 28% de Floresta Ombrófila Densa, inserida no município de Marabá. A criação da Floresta Nacional tem por objetivo o manejo de uso múltiplo e de forma sustentável dos recursos naturais renováveis, a manutenção da biodiversidade, a proteção dos recursos hídricos, a recuperação de áreas degradadas, a educação florestal e ambiental, a manutenção de amostras do ecossistema amazônico e o apoio ao desenvolvimento sustentável dos recursos naturais das áreas limítrofes à Floresta Nacional. Mesmo após a sua criação em 2 de fevereiro de 1998, sofreu ameaças por parte de criadores de gado resultando em significativa perda de vegetação nativa.

São Mesmo com um pouco de área devastada, em recuperação, existem áreas de montanha ainda coberta por floresta nativa que serve de material de recuperação e manejo sustentável através de reflorestamento e manejo florestal. Nesta floresta encontramos espécies ameaçadas de extinção como a Arara Azul grande 
(Anodorhynchus hyacinthinus) e a onça pintada (Panthera onça). 


Reserva Biológica do Tapirapé (Rebiota do Tapirapé)


Reserva Biológica do Tapirapé é uma unidade de conservação localizada no município de Marabá com uma área total é de 103.000 ha com um perímetro de 280 km e mais 424 km como Zona de Amortecimento. 

A topograficamente local é elevada, com variações entre 200 a 700 metros de altitude. É caracterizada pelo bioma da floresta úmida amazônica. Além disso, abriga espécies ameaçadas de extinção, como a jaguatirica e a onça pintada.

Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri (Flona do Tapirapé-Aquiri)


Essa Unidade de conservação guarda os remanescentes dos castanhais da região, é uma importante área de uso dos índios Xinkrins que coletam os frutos das castanheiras, além de refúgio de espécies animais ameaçadas de extinção, como a onça-pintada (Panthera onça) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trida-ctyla). É de uso sustentável conforme a Lei 9.985 do Sistema Nacional de Unidade de Conservação e por fazer parte de uma área rica em minérios abriga base para a pesquisa mineral e a mina de Cobre do Salobo e ainda assim, serve como berçário para a reprodução das araras azuis grande (Anodorhynchus hyacinthinus), espécie ameaçada de extinção, lugar onde foram identificadas 380 aves e monitora 18 ninhos nesta reserva. O Instituto Chico Mendes trabalha para inserí-la no programa de uso público como base para atividades turísticas e permitir a visitação organizada.

Esta Floresta possui uma área de 190.000 hectares, pertence ao Bioma Amazônia, sendo 14% de floresta Ombrófila Aberta e 86% de floresta Ombrófila Densa apresenta aspecto montanhoso e é coberta por floresta nativa. É fonte de material de recuperação e uso sustentável através de reflorestamento e manejo florestal. Possui uma área de 196.503,94 hectares e está totalmente na região de Marabá, mesmo depois de sua criação sofreu o avanço da pecuária de corte, resultando em perda de material vegetal nativo. Ações de fiscalizações impedem o avanço dos desmatamentos e de atividades potencialmente poluidoras. Esta floresta tem permitido a preservação de animais considerados em extinção como o raro Cuxiú-de-uta-hick - Chiropotes utahicki (imagem que abre esta postagem) entre outros.

Postagem em homenagem aos amigos Renilde e André Macedo do ICMBIO Marabá.

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