Aspecto do Centro Comercial (domingo) Foto de Arnilson Assis |
Se a saída da crise em Marabá é por meio do turismo,
afirmação quase inconteste, ameaças também existem, como a falta de
convergência das políticas estadual e municipal, como a falta de produtos
turísticos de toda a natureza e a reorganização institucional do governo municipal
como a reativação da Secretaria de Turismo, do Conselho e do Fundo Municipal, e
o reavivamento das políticas públicas municipais.
O Centro de Convenções surge como grande
oportunidade para o município, com possibilidade de aliar o turismo de negócios
à nossa paisagem natural formada por belos rios, ainda que, devemos considerar todos os fatores levantados por Dauro Remor, de preparar a cidade com eventos culturais, de folclore, de lazer e de entretenimento, da música, da gastronomia, de melhorar a iluminação, segurança pública e etc.
Outra medida seria referendar as propostas contidas
no PPA 2006-2019, da Prefeitura de Marabá, trabalho que aponta projetos e
iniciativas na área do turismo, pelos agentes públicos estaduais e municipais e
do setor privado através de associações e do trade turístico.
O Sebrae já vem atuando com um grupo de 20
empresários que participaram em 02 de dezembro de 2014 do 1º Módulo do Projeto
de Gestão Empresarial do Turismo “Avançando com as micro e pequenas empresas do
turismo brasileiro", numa preparação para o futuro.
Também é importante capacitar técnica e
operacionalmente a Secretaria Municipal de Turismo, formando grupo de
colaboradores com profissionais graduados e pós-graduados e, inclusive, na área
de atuação, bem como, na captação de recursos e convênios de incentivo ao
desenvolvimento do turismo junto aos governos Estadual e Federal.
Segundo levantamento da Paratur 2014 na Pesquisa de
Turismo do Estado, Marabá é: a sexta cidade mais visitada da Região Norte; a
sexta preferida como destino ainda não visitado no Estado; é a terceira como
destino em número de até duas viagens no Estado; é a quinta cidade em número de
pernoites e, 55% das pessoas entrevistadas em Marabá tem o avião como principal
meio de transporte.
Fraquezas a serem superadas, por onde começar?
Artesanato local sem identidade cultural. Foto: Arnilson Assis |
A Secretaria Municipal de Turismo foi criada
através da Lei 17.325 de 30 de dezembro de 2008 e retificada pela Lei 17.353 de 03 de julho de 2009 com nova redação. Esse órgão público encontra-se sem um Secretário, sem um
plano de gestão, o último foi elaborado em 2009 com pesquisa de demanda de
turismo receptivo elaborada pela Paratur e de pesquisa do Sebrae sobre a rede
hoteleira em 2008.
Falta de sinalização turística e urbana por parte
da Prefeitura de Marabá, projeto esse de infraestrutura paralisado no governo
de Maurino Magalhães e do projeto do I Festival Gastronômico de Marabá:
Tucunaré – Sabor da Amazônia 2011 com valor global de R$ 160 mil com repasse da
União de R$ 150 mil e repasse da Prefeitura de R$ 10 mil, aprovado e não
realizado, com os recursos sendo devolvidos posteriormente pela Secretária
Vanusa da Silva Barbosa.
Adoção na praça de Marabá de produtos artesanais
sem iconografia, sem identidade, conceito e conhecimento, também, a inexistência
de pesquisa para identificar as potencialidades naturais e culturais do
município e região, como a argila e a cerâmica e sem gestão focada no
artesanato.
A Secretaria de Turismo existe legalmente e
encontra-se com um gestor sem portaria para atuar legalmente em nome da mesma,
estrutura física inapropriada ocupando o espaço físico de uma pequena sala no
Centro de Cidadania e Desenvolvimento, fato esse que impede a participação da
prefeitura em atividades que tratam do tema do turismo, como por exemplo, a
inserção da cidade nos espaços de discussão locais, regionais, estadual e
federal. Até o mesmo a cidade deixará de participar do Fórum Regional de Desenvolvimento
que vai acontecer, com apoio da Secretaria de Estado de Turismo em novembro na
cidade de Canaã dos Carajás.
Ausência de recursos humanos para a execução de
inúmeras funções tendo em vista a gama de atividades de alto teor de
complexidade e comprometimento.
Falta de veículo para o trabalho da secretaria, de
computadores e sistemas computadorizados refletindo tudo isso no não
funcionamento e operacionalização das políticas e suas diretrizes.
Enfim, buscamos uma agenda com o prefeito municipal
para alavancar essas e outras propostas e projetos. Todo o setor,
aproximadamente 100 empresários estão atentos aos próximos passos rumo a um
futuro melhor.