sábado, 12 de março de 2016

Problemas nas Reformas das Praças de Marabá

Parte da Praça de São Francisco sem ambulantes
Em uma postagem anterior fiz um pequeno desabafo, no texto: Novas Praças em Marabá, para quem? Pretendo avançar um pouco mais no tema. Vejo agora como muito importante o investimento em praças públicas. Ratifico o que disse anteriormente, a população está deixando de participar e dar a sua opinião e sugestão. Se são recursos públicos e se estas pessoas pensam no melhor para a população, então, é muito melhor ouvi-las antes de começar as obras. Por outro lado, as praças precisam ser pensadas no uso da comunidade e não de ambulantes ou para empresários que tomam este espaço, transformam o público em privado.


Praça Duque de Caxias, Coreto que pode ser destruído
Há na cidade um certo temor quanto a boatos por pessoas que trabalham nas praças. É o caso do Coreto e da praça de Alimentação da Praça Duque de Caxias. Comenta-se que será derrubado e as pessoas terão que trabalhar em outro local, no caso, na praça que está sendo erguida em frente ao Sesc da Cidade Nova. Eu não sei a veracidade desta informação, mas, a insatisfação já foi gerada.

Outro boato que circula, que a Praça de Alimentação e as barracas que fornecem comida na Praça São Francisco serão remanejadas para a praça em frente ao SESC. E essas pessoas acreditam que haverá uma reforma na Praça São Francisco e esta ficará fechada em parte, por tapumes. Também não sei se é verdade. E o certo seria buscar informações junto a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. 

Praça de São Félix de Valois ou Cipriano Santos
A Praça Cipriano Santos, a de São Félix de Valois como é mais conhecida já tiveram as obras iniciadas, parte dela foi demolida. O ruim de tudo isso é que estas obras de reforma não são apresentadas à população. Vale apenas as ideias do projetista, do engenheiro civil, do secretário e nada mais. Vai ficar mais bonita? O que terá de novidade?

A Orla Sebastião Miranda, conforme outro boato, vai receber melhorias em sua infraestrutura, serão utilizados recursos do Ministério do Turismo, dizem. Essa informação circula e dizem que o projeto já está pronto. Talvez seja mais um caso em que a administração pública não se preocupa em abrir para discussão ou mesmo em dar visibilidade ao seu trabalho.

Outra coisa muito em comum, além da falta de debate e publicização das construções e das reformas da praças é que , outro ponto, é que elas estão sendo construídas sem as placas onde devem constar o início da obra e seu término, o valor dos recursos destinados e etc.


O que podemos fazer? Vamos continuar aceitando tudo?
Praça Sem Nome em frente ao SESC Cidade Nova
Por fim, se a gente não sabe das modificações e novidades nas reformas, também não sabemos de seu projeto e muito menos para quem serão estas praças. Atualmente muitas delas já não pertencem ao povo e não oferecem condições de lazer, recreação e convivência tranquila e confortável, sequer o direito de ir e vir está prevalecendo, pois, os espaços pertencem aos comerciantes informais.

Em recente reunião no Ministério Público do Estado percebi que tudo tem jeito. Há mais pessoas interessadas em melhorar de verdade a cidade. É lá que estamos conseguindo ver a forma de atuação da Secretaria de Serviços Urbanos em desagrado as Leis e seus impactos ambientais, sociais, urbano e de trânsito, da Acessibilidade e da Mobilidade. Será preciso que aja cobrança ao gestor municipal e há muito que ser consertado para atender o que determina a Lei.

Praça da Bíblia na Cidade Nova
Enfim, sabemos da construção de uma praça em frente ao SESC na Cidade Nova e com as obras a todo vapor. É mais um fato da falta de diálogo. Já está sendo construída e ninguém foi ouvido. A obra aparentemente apresenta várias irregularidades, como a localização em faixa de domínio da Rodovia Transamazônica, falta da placa, do valor da obra, qual a planta e o projeto da obra e o que haverá neste espaço, aliás, será vizinha da Praça da Bíblia localizada a menos de 50 metros. Esses fatos revelam o quanto a gente precisa avançar em direção ao diálogo, à transparência e sermos vistos como verdadeiros cidadãos. Neste sentido, participo destas reuniões e acredito que somente a população poderá mudar essa postura, ou seja, fazendo-se presente e participar das discussões e debates. Como contribuintes precisamos cobrar dos gestores medidas que satisfação a população, tudo dentro do debate democrático.

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