O cenário político e econômico vem demonstrando várias fragilidades e vivemos em uma crise que abala à todos, às cidades, todos os estados e mesmo o governo central. A cura para os males dessa crise ainda não chegaram, fazendo crescer o número de desempregados e de empresas fechando, cai a produção nas indústrias e diminui também o consumo. Se o cenário demonstra uma saúde financeira preocupante que acarreta na falta de investimentos para grandes obras ou grandes projetos, se os recursos não chegam, não há desenvolvimento e traz sérias consequências e a necessidade de se reinventar.
A cidade de Marabá vive a expectativa da Hidrovia do Araguaia-Tocantins que, para tanto, precisaria retirar 43 quilômetros de pedras do leito do rio Tocantins e alargar o seu canal de navegação. Também aguarda notícias sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Marabá, da Construção do Porte e etc. Mas, esses assuntos sumiram das pautas políticas, das agendas empresariais e mesmo da imprensa, até parece que já estamos conformados com essa perda.
A população da cidade cresce quando as expectativas são grandes. O grande contingente populacional, as pessoas que aqui chegaram atraídas por grandes projetos, de números expressivos de empregos prometidos fez surgir no período de 2008 à 2010 cerca de 27 grandes invasões urbanas, um verdadeiro caos social para o prefeito e mesmo para o governo do Estado. Com essas especulações a cidade vivenciou um aumento significativo da violência, aqui aportaram muita gente sem formação e fez crescer o número de assaltos e de homicídios.
Até os dias atuais com o descrédito das medidas governamentais, silenciadas ou abortadas? A gente ainda não sabe. Mas, há muito tempo a nossa imprensa vem colocando uma situação de pessimismo para nós e amenizada de vez em quando com promessas de grandes obras. Os jornais locais e mesmo os da Capital gostam de criar esse pessimismo e negatividade ao estampar imagens bizarras de homicídios. O sangue está nas capas com muito destaque, imagens grandiosas e coloridas expõem uma situação de fraqueza de nosso Estado. Aconteceu um homicídio e se este for chocante é matéria de capa com fotos e espaços privilegiados e assim o jornal aumenta a impressão e as suas vendas graças ao que de pior se pode ter numa cidade.
Esse ganho imediato graças ao maior número de vendas revela o quanto estamos sendo inconsequentes com o nosso município. Estamos expondo algo que atrapalha um importante setor econômico, o do Turismo, por exemplo. Quem ver esses jornais impressos, os televisivos e o que é colocado na internet ficam chocados com tanta violência. Ao dar tanta ênfase deixamos de mostrar o lado positivo, o que temos de bom, deixamos de falar bem de Marabá. Se nós falamos mal, quem vai falar de bem por nós? Ninguém.
Começo a chamar a atenção para uma Campanha que devemos começar o mais rápido possível, falar de nossas potencialidades, da cidade acolhedora, receptiva. Falar que temos um aeroporto e está sendo ampliado deixando-o ainda mais confortável. Falar das nossas rodovias federais, dos nossos hospitais, dos nossos hotéis e restaurantes, falar da nossa Orla do Rio Tocantins, da Praia do Tucunaré e de tantas outras praias de água doce, da Ponte Rodoferroviária, do Shopping, do cinema, enfim, de nossos cartões postais e de uma gente alegre e feliz. Precisamos aprender a "Falar bem de Marabá".
Este artigo continuará na próxima postagem, até lá!
Este artigo continuará na próxima postagem, até lá!