Uma viagem a uma cidade turística nos ensina muito, tudo está ali na
nossa frente para quem desejar ver. Geralmente encontramos uma forte
movimentação de veículos a esse destino. Para quem estar visitando a situação
das estradas conta muito, pelo menos podemos fazer um paralelo com nossas
cidades paraenses, segundo a preocupação que se dá às vias de acesso,
principalmente as rodovias estaduais e federais. No caso das estaduais, com a
finalidade de promoção turística o cuidado deve ser maior. O artigo apresenta
as minhas observações sobre o percurso Goiânia-Pirenópolis, e vi como a coisa
deve funcionar e como funciona.
Meu passeio turístico foi realizado com um grupo de pessoas em um carro
locado, eram apenas sete lugares, do contrário iriam umas 12 ou 15 pessoas,
tamanho é o moral e o prestígio desta pequena cidade muito simpática por todos
os goianos.
Fiquei atento no trajeto, desde lugares com pistas simples, duplicadas e
até com três vias, todas muito movimentadas. Passamos por uma praça de pedágio
e “paguinha” para seguir viagem. De BR passamos para uma GO, ainda melhor
cuidada, eram 9 horas e algo me chamou a atenção, não encontrei um único
buraco, era uma pista tipo primeiro mundo, excessivamente limpa, sinalizada,
monitorada por câmeras. Em nenhum momento vi alguma sujeira, lixo, pedaço de papel,
bituca de cigarro.
Desde a saída de Goiânia, além das câmeras havia muitos “pardais” para
controle de velocidades, de 40, 50 km/h, nada de correria excessiva, sem contar
que em alguns lugares a velocidade permitida era de 110 km/h para veículos.
Assim, havia um tipo de respeito e educação dos condutores.
Ao chegar no nosso destino, em torno de duas horas de viagem, chegamos
ao Centro Histórico, nas suas imediações havia um vasto leque de opções que
eram mostradas, como o boia-cross, passeio para várias cachoeiras e todo um
comércio ávido por nossa visita. Em nossa caminhada fomos abordados para
almoçar em determinado restaurante, ir em determinada cachoeira, se hospedar no
local tal ou no resort, sem contar que eles mostram a cidade para a gente e
tira as nossas dúvidas com muita cordialidade.
As ruas de Pirenópolis tem algo em comum, todas elas são de pedras, cada
uma delas partícipe de um momento histórico deste lugar que no passado abrigou várias
minas de ouro. O Centro Histórico é muito lindo e formado por pequenas ruas
margeadas por minúsculas calçadas com postes no estilo antigo com a fiação
embutida.
Demoramo-nos no passeio a duas cachoeiras, retornamos às 17 horas, fumos
na Feira dos Hippies, a iluminação dos postes antigos começava a funcionar.
Logo veio a noite e a iluminação deu o seu grandioso charme. Também veio uma chuva
que insistia em não parar e muitos carros a circular freneticamente pelas ruas.
Eram 21 horas quando decidimos retornar. A chuva foi nossa companheira
até chegarmos a Goiânia. Foi um importante teste para a sinalização das
rodovias. Claro que não dava para correr a 100 ou 110 km/h, estava bastante
apreensivo por não gostar de viajar à noite.
Trafegamos em uma pista que não havia subidas ou descidas acentuadas,
tudo bem plano, mas, havia muita curvas de 200, 300 metros e tínhamos o apoio
de muitas placas que refletiam sob os faróis. Interessante ver o tamanho das
setas reluzindo nas curvas nesta noite chuvosa e escura. Por cautela a
velocidade era em torno de 60 a 80 km/h.
Espero ter alcançado o objetivo deste artigo, de mostrar a importância de
uma boa sinalização, pistas sem buracos, sem lixo. Então, fizemos uma viagem
tranquila de ida e na volta, a preocupação com a chuva perdeu sentido porque
fomos orientados por uma excelente sinalização, foi tudo tranquilo, seguro,
alegre e fomos recompensado pelo passeio acompanhado de músicas da Cássia Eller,
Milton Nascimento, Marcelo Jenecy (que recomendo), muito bom.
Enfim, estradas sujas, esburacadas, mal sinalizadas não combinam com
coisas boas, não combina com turismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.