Uma riqueza ainda
não explorada, mal mostrada ou desconhecida para nós brasileiros e para o mundo.
Se o turismo é uma atividade de exploração de encantos e de beleza natural,
entre outras boas razões, precisamos conhecer e gerar divisas com o meio
ambiente que temos. É claro que estamos falando de uma grande riqueza natural
que Deus nos presenteou e já apresentamos numa postagem anterior. Estamos nos
referindo a Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri, Itacaiúnas e da Reserva
Biológica do Tapirapé-Aquiri.
Região de beleza inigualável, também
rica em seu subsolo e exploradas pela mineradora Vale, que exportada para o
mundo. A cidade de Marabá é a casa do projeto de cobre Salobo. O cobre é um dos
metais mais utilizados no mundo de hoje, atrás do ferro e do alumínio, sendo
amplamente utilizado na geração e transmissão de energia, em fiação e em
equipamentos de praticamente todos os eletrônicos - como a televisão e o
telefone celular.
Embora a empresa contribua com ações
para a preservação do meio ambiente, também está causando estragos nas
atividades extrativas do cobre (com a presença significativa de ouro), com a
retirada da floresta nativa, infelizmente e mesmo com a poluição com o
derramamento de produtos químicos. Por outro lado, nesta região é favorável para
o turismo e para atividades de pesquisas.
A Área de Proteção Ambiental do
Igarapé Gelado, do Tapirapé-Aquiri, e da Reserva Biológica do Tapirapé-Aquiri,
localizadas nos municípios de Marabá, Parauapebas e São Félix do Xingu, são
considerados como áreas protegidas. Estes cenários deslumbrantes, esse mundo de
riqueza natural é conhecido por poucas pessoas, basicamente por pesquisadores,
até agora e essa realidade e isto pode mudar.
Em Parauapebas, distante 160 km da
cidade Marabá, encontramos a Floresta Nacional de Carajás, que faz fronteira
com a Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri. É uma grande aventura e vamos
conhecer um pouco da Floresta do Tapirapé-Aquiri. Nossa porta de entrada será
pela Serra dos Carajás, no município de Parauapebas, iniciamos a nossa viagem.
Começamos com uma viagem de 40 minutos de caminhonete através de estradas
estreitas (chamadas de vicinais) até chegar no rio Itacaiúnas. Os visitantes
que chegam ao rio Itacaiúnas vão sentir-se deslumbrados com o maravilhosos
cenários, um grande e poderoso rio, (é a natureza com a sua imponente força
natural) tudo perfeito sem estragos ou poluição, um verdadeiro santuário, um mundo
desconhecido. Nosso passeio segue o curso do rio, em uma lancha, barco de
alumínio com motor de popa.
De barco subimos o curso fluvial e
aqui vemos a magnitude do rio intacto, de uma margem temos a Floresta de
Carajás e na outra a Floresta do Tapirapé-Aquiri e, de um lado o município de
Marabá e do outro Parauapebas. Neste verdadeiro santuário temos a exuberância
de um grande rio onde a pesca é proibida, encontramos peixes saltitando em uma
efusiva saudação. Seguimos por um rio agora caudaloso que exige do piloto
audácia para vencer as correntezas e algumas grandes pedras em seu leito. O
barco salta elevando a adrenalina, até parece um esporte radical de tanta
emoção. De julho a novembro temos a estação do verão quando o rio baixa e deixa
as pedras mais visíveis. Uau!
Continuamos nossa viagem de
conhecimento, espero que as imagens sejam construídas na mente de cada leitor.
Estamos em um quadro de verde intenso, nas duas margens árvores de grande
porte, axixás, castanheiras, cedro, mogno, algumas de 30 outras de 40 e 50
metros de altura, preferidas por papagaios e araras. É possível avistar a passagem
delas pelo céu, aliás, a inspiração para o filme de animação em 3D, Rio, foi
justamente na Arara azul grande, linda ave amazônica. Nossa viagem é guiada por
pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Bio Conservação (ICMBIO),
responsável pela gestão ambiental e já catalogou mais de 380 unidades da arara
azul e vários ninhos no interior da floresta.
Nossa expedição não aporta em nenhum
lugar, temos o destino definido e vamos aportar em uma base. Seguimos vencendo
a correnteza rio acima. Estamos chegando em uma grande casa construída pela Vale
(pela então Companhia Vale do Rio Doce – CVRD, anos atrás) para suas atividades
de mineração. Esta casa agora pertence ao ICMBio que praticamente tomou posse
da habitação e desta magnífica natureza. A casa agora serve de base para as
atividades de fiscalização e de pesquisas e, servirá para apoio ao turismo, ou
seja, para uso público. Com certeza um luxo!
Acreditamos ser este local muito
promissor para o turismo. É preciso tomar posse para uso público antes que seja
transformada em matéria prima para grandes nações do mundo, deixando buracos
para a eternidade. A atividade de mineração é predadora da natureza e já temos
no Tapirapé-Aquiri o Projeto de Cobre Salobo, o maior do Brasil na exploração
de cobre, são as máquinas ocupando os espaços naturais do mundo deixando a
destruição como marca da presença humana ao custo de um pouco de royalties como
compensação financeira, a natureza e o mundo ficam, com certeza, descompensados
em relação ao meio ambiente.
Vamos finalizar nosso texto, chamamos
a atenção para a manutenção dessa beleza singular, ainda muito preservada,
muitas árvores e animais, um rio belíssimo, para inserir tudo isto em um
roteiro turístico inclusive, para gringo ver, desculpe a expressão banal, mas,
sei que nos entenderão, é somente um jeito comum de referirmos às pessoas de
outras nações. Esperamos fazer a ocupação sem causar destruição, destinando ao
turismo essas enormes áreas, berço de animais e árvores em plena Floresta
Amazônica e promover o turismo para gringo ver.