sábado, 26 de setembro de 2015

Centro de Convenções de Marabá, o que faremos quando ele chegar?

Não sei a realidade de outras cidades, quero dar um enfoque a minha, prestes a receber um grande Centro de Convenções com área de 35 mil metros quadrados, dos quais 13.200 são de área construída. O governo do Estado do Pará através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) afirma que 95% dos trabalhos estão concluídos. Será o maior Centro de Convenções da região e o segundo maior do Pará e terá capacidade para realizar dezenas de eventos ao mesmo tempo e atender mais de 15 mil pessoas. Será mais um atrativo que a cidade contará para aquecer a economia local e da região, principalmente para o turismo de negócios e eventos.

Está tudo bastante adiantado no que concerne as obras de engenharia civil. É uma grande obra e teve um custo inicial de R$ 18 milhões. Além da área física construída e sua flexibilidade para a ocorrência de eventos simultâneos, contará com grande mobiliário para equipar toda a estrutura de eventos de pequeno, médio, grande e mega eventos.

Essa mega estrutura precisará de pessoas capacitadas para o turismo de negócios e eventos. Nós temos esses profissionais preparados, na quantidade e na qualidade desejadas? Talvez não. Talvez tenhamos uma parte do que será necessário. E, como vamos colocar nossa gente para trabalhar no Centro de Convenções se, até o momento assistimos de camarote o passar dos dias, semanas, meses e anos? É difícil entender que a gente não se preparou, e não estamos dando a devida importância.


O que fazer?
O setor turístico da cidade está abandonado e sem um secretário de turismo. A classe empresarial fez e está fazendo a sua parte, investiu na cidade e se preparou. O despertar para essa realidade pode ser muito tarde. Pode ser que fiquemos a reclamar, pois isso é mais fácil do que se sacrificar para fazer o certo e colher futuramente o que semeou. Talvez a gente fique incomodado com as pessoas que virão de fora, de Belém ou de São Paulo para gerir o Centro de Convenções de Marabá.

O certo é que, dá vida a estrutura gigantesca como é o nosso Centro de Convenções não é tarefa para amadores. Fazê-lo funcionar com atividades mês a mês, de pequenos, médio e grandes eventos não é coisa fácil. O Estado do Pará possui o Hangar, Centro de Convenções e Feiras da Amazônia em Belém e agora vamos ter o Centro de Convenções de Marabá e a partir de 2016 iniciará o Centro de Convenções de Santarém cujo projeto já foi finalizado e a área já foi disponibilizada.


Mas, como funciona um Centro de Convenções?
Será preciso o envolvimento dos setores público e privados, formalizar parcerias importantes, trazer gente capacitada e preparada para a captação de grandes eventos. O certo é que alguns dos grandes eventos que ocorrem somente na capital poderá ocorrer por aqui. Mas, o fato de trazer muitos dos eventos da capital, ainda assim, não será suficiente. Alguns eventos serão de acordo com a região e com o público alvo. Para o funcionamento serão necessários muitos eventos sendo realizados, simultâneos ou não.

O Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, agendou para 2015 diversos eventos: feirão para a venda de casas, feira de livros, festival de chocolates, flores e muitos outros. A agenda foi divulgada em março prevendo a realização de dez eventos deste porte, com abrangência local, estadual e nacional.

Em abril mais de 20 mil imóveis foram colocados a venda durante o 11º Feirão da Casa Própria. De acordo com Guilherme Bacellar, Gerente Regional, a escolha do Hangar para realizar o evento pelo 8º ano consecutivo é aliar o útil ao agradável. Segundo ele, “Não existe lugar melhor em Belém. O Hangar, além de reunir toda logística necessária para realizar o evento, é um espaço amplo, sofisticado e muito agradável", destacou o gerente.


Em maio, o Hangar recebeu de 6 a 9, a Feira da Indústria, e de 29 de maio a 7 de junho sediou a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro. Na agenda de junho tem ainda de 18 a 21, a II Expo Eventos, que contou com a participação de representantes de setores do mercado de eventos sociais e científicos. 

De 17 a 20 de setembro aconteceu o 3º Festival Internacional do Chocolate e do Cacau, onde reuniu a gastronomia, flores, jóias, turismo e negócios, um tremendo sucesso de público que levou o nome do Estado além fronteiras. Foi um tremendo sucesso, também, em termos de negócios realizados. O evento já está sendo pensado para o ano que vem, sabe porquê? Foi gostoso, muito gostoso, bonito de se ver e de se deliciar.

O Pavilhão de Feiras, no Hangar 1, área de mais de 8.500 m² totalmente climatizada, é o espaço ideal para hospedar uma grande feira, que esteja agregada a um congresso, ou mesmo feira de artigos e de negócios. O complexo possui um diferencial: sob o piso de todo pavilhão, existem caneletas específicas, construídas para receberem a rede hidráulica, de esgoto, de ar comprimido, de telefonia, internet e elétrica. O espaço fica mais completo com internet wireless, dois grupos de banheiros: masculino, feminino e para deficientes, telefones públicos e quatro salas de apoio, além da sala da enfermaria.
Os próximos eventos que acontecerão no Hangar: 12 a 14/10 – SuperNorte; 05 a 08/11 – IV Feira Pará Negócios; 26 a 29/11 – IV Feira Regional da Agricultura Familiar da Amazônia Legal – Agrifal 2015.

Enfim, um Centro de Convenções serve para a realização de: Feiras, Festivais, Congressos, Formaturas, Encontros Corporativos e de Classe, Espetáculos e Shows, Palestras, Convenções e etc. Não basta ter, é preciso que aconteçam programações diversas que possa trazer muita gente para a cidade e, de preferência que ocorram por no mínimo três dias. Essa é a missão de um Centro de Convenções e, do outro lado precisamos trabalhar para que aconteça o sucesso esperado.

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