A cidade de Marabá gozou de um certo privilégio, de ser o polo da região e impactar diversos municípios em sua região política e, por ter no seu entorno os promissores municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, com destaque para os projetos de mineração. Esse bom momento vem esfacelando desde o ano de 2013 até 2016 quando o Aeroporto João Correa da Rocha perdeu 150 mil passageiros em apenas três anos. Tudo isso reflete certo declínio do setor produtivo local e regional, fator que atraiu as três maiores companhias, a GOL a TAM e a AZUL provocando uma boa concorrência de preços. A saída da GOL no próximo dia 1º de julho representa o fim da concorrência e o estabelecimento de um monopólio, da companhia AZUL.
A partir de julho de 2017, a rota Marabá-Belém, será descontinuada. Os clientes da Gol poderão fazer este trecho, a partir de julho, com escala no aeroporto de Brasília”. O site para compras online de passagens aceita a venda no trecho Marabá-Belém para julho, no entanto, com uma conexão, ou seja, o voo G3 1749 sai de Belém às 04:33h e chega em Brasília as 06:20h faz a troca de aeronave e o voo muda de prefixo para G3 1752 partindo as 09:35h e chegando as 12:03h na Capital. O preço ficou bem salgadinho R$ 1.348,39.
O voo G3 1753 de Belém-Marabá parte da capital as 17:15h e chega em
Brasília as 19:45h, fazendo a troca de aeronave e o voo fica com o prefixo G3
1750 parte as 23:05h e chega em Marabá as 01:00h. Clique nas imagens para ampliá-las.
Perda de potencialidade
Há dois
anos, no silêncio e sem protestos a TAM fez o mesmo que a Gol está fazendo
agora, ou seja, passou a voar apenas Marabá-Brasília-Marabá e da Capital Federal
para conexões Brasil afora. Restaram GOL e AZUL na rota para Belém. Nos últimos
meses esta segunda diminuiu a frequência de jatos Embraer operando por um avião
menor, o modelo ATR, um tipo de turbo-hélices, bem menos confortável.
O efeito da saída da GOL é o aumento dos preços das passagens como visto na imagem. Espera-se também que a Azul, livre, leve e sozinha, também eleve suas tarifas.
A Cidade também perdeu a pujança da realização de eventos culturais significativos. Já se foi o tempo de um bom Carnaval, um bom Veraneio nas praias do Tucunaré e Geladinho, adeus Maraluar, Baile do Havaí, adeus ao Festival da Canção em Marabá, da Feira da Indústria e Comércio, das Feiras do Livro entre outros. Ainda temos a Feira Agropecuária de Marabá que já não é tão grande como antes. Foi uma ventania que passou e nos deixou uma potencialidade, que não serve para nada se não for usada.
Texto: Francisco Arnilson de Assis
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