sexta-feira, 23 de junho de 2017

Por que turismo? Para quem?

Cantor Vanderley Andrade no Veraneio 2016. Crédito: Foto: Dinho Aires
Temos alguns municípios que exploram a atividade turística, não muitos e nem todos muito bem. Essa indústria da felicidade ainda é pouco entendida no Estado do Pará, ainda faltam os projetos de desenvolvimento dos setores produtivos, aliás, avançar nestes setores é caminhar em direção ao desenvolvimento mas, falta visão para essas potencialidades, na verdade, saídas para melhorar a gestão pública. É importante descobrir quais os resultados esperados, o que se pode ganhar em termos de criação de riquezas e divisão de renda, enfim, a geração de mais e mais empregos.

Por que turismo é uma boa pergunta. Muitos até saberão falar que é prá isso e aquilo, mas, não sabem fazer os avanços que outros conseguiram. Esse fenômeno econômico e social é capaz de provocar o crescimento e o desenvolvimento regional, trazer o progresso. Turismo é negócio e pode gerar mais dividendos que o negócio de exportação de petróleo, alimentação e o mercado de automóveis, é o melhor negócio do mundo para muitos países na geração de benefícios permanentes. Gosto de citar o termo "benefícios permanentes', pois, muitos se alegram com o voo de galinha de alguns projetos que prometem gerar muitos empregos num dado momento e, em outro, funcionam com pouco mais de uma centena e nada mais e, o pior, vai desenvolver cidades do sul do país.

Entre outros fatores é um excelente instrumento para a geração de empregos com custos baixos. Tem uma excelente característica, de gerar oportunidades para o primeiro emprego. Mas, precisa ser eficiente na gestão, quanto maior o nível de qualificação da mão de obra e do gestor, melhores serão os resultados. E digo mais, não é trabalho para amadores ou com  pouca experiência, isso se reflete na equipe de trabalho e na articulação com os parceiros.

Inexiste na nossa região um município como referencial, uma pena pois, não conseguimos analisar em paralelo o que podemos potencializar, em termos comparativos podemos dizer que temos o bastante para uma grande revolução na economia regional, mas, ainda falta alianças entre prefeituras, governos estadual e federal, entidades empresariais, empresários e comunidades. Sem cooperação não se soma, nem se multiplica o mercado do turismo por falta de esforços conjuntos para enfrentamento do desemprego e melhor gestão pública.
O turismo valoriza a diversidade cultural e o orgulho de cada morador, cada pessoa conhecedora de seu papel se tornará um embaixador da felicidade turística, fará um grande trabalho de promoção das riquezas do lugar. Todos precisam conhecer a história de seu município, das suas belezas arquitetônicas e naturais e, compreender que incentivar o turismo é promover riquezas e empregos.
Não basta ter tudo o que o turismo precisa, como hotéis, restaurantes, aeroporto moderno, zoológico, praias e uma orla super bonita, lindo pôr do sol, para que apareçam os turistas. Sem divulgação e promoção dos pontos de atração turística, sem buscar satisfação plena do turista, somente ter o potencial não nos leva para lugar nenhum.

Temos que aprender a fazer parcerias, discutir estratégias para desenvolver o turismo em Marabá e região. Esse caminho precisa de uma estratégia conjunta, nem somente eu e nem somente você ou só vocês, todos juntos e irmanados. O turismo é bom para todos os setores, procure conhecer a força do turismo em um município que já aprendeu a explorá-lo com profissionalismo. 


Texto de Francisco Arnilson de Assis

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