Neste sábado (26), o local contava apenas com
duas empresas aéreas operando com voos e nenhum comércio de produtos – Fotos:
Arthur Castro
O fechamento do terminal 2 do Aeroporto
Internacional Eduardo Gomes, conhecido como “Eduardinho”, adiado duas vezes desde
o mês de julho, foi notado, de fato, neste fim de semana por passageiros e
usuários de táxi aéreo com a saída de estabelecimentos comercias. Neste sábado
(26), o local contava apenas com duas empresas aéreas operando com voos e
nenhum comércio de produtos.
A MAP Linhas Aéreas e Rico Táxi Aéreo ainda
mantêm o funcionamento normal, enquanto outras empresas como Rima, Total e Apuí
já deixaram o Terminal 2. O caso específico fica por conta da empresa TWA, que
continua atuando, mas apenas nos dias úteis da semana.
Com poucos passageiros circulando pelo local,
a atendente do stand da MAP, Agnes Santos, comentou que os usuários do
Eduardinho, reclamam diariamente do fechamento do terminal. “As pessoas
dizem que aqui é mais fácil o embarque e desembarque, do que no Terminal 1, que
tem bem mais movimento. Para a população em si, a transição vai dificultar o
serviço”, comentou.
Outro problema identificado, segundo a
atendente, diz respeito a divergência de informações quanto ao fechamento do
Eduardinho, que já havia sido amplamente divulgado e adiado por duas vezes,
sendo a primeira para o dia 1º de agosto, e logo após para o dia 9 de agosto.
“Teve caso de passageiros que viram as notícias e foram embarcar no Terminal 1,
mas chegando lá, a operação continuava no Terminal 2”, revelou Agnes.
Entre os principais estabelecimentos
comerciais do local está o ponto da Tapioca da Amazônia que, neste sábado, já
havia encerrado o atendimento aos clientes do aeroporto regional. Caso algum
usuário necessite comprar algum artigo de conveniência, precisa se dirigir ao
posto de gasolina localizado fora das dependências do Terminal 2.
O atendente da empresa Rico Táxi Aéreo, Luis
Eugênio Modesto, informou que o movimento já se encontra abaixo do normal e
tende a diminuir até o fechamento do total do Terminal 2. “Restaram três
empresas operando, sendo que a Rico opera apenas como táxi aéreo. Ainda não
sabemos quando vai acontecer a transição para o Terminal 1”, disse.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero), responsável pela decisão de transferir as operações
do Terminal 2 (Eduardinho) para o Terminal 1 (Eduardo Gomes), argumenta que o
motivo da operação se dá por conta da queda na movimentação de passageiros, que
foi o maior fator que levou a reavaliação do uso das estruturas do Eduardinho,
procurando torná-lo economicamente mais rentável.
Em 2014, a movimentação do terminal 2 foi de
762 mil embarques e desembarques, enquanto em 2015 o número caiu para 402 mil.
Já em 2016 a queda foi maior ainda, com apenas 132 mil embarques e desembarques
em um terminal de passageiros com capacidade para operar com até 2 milhões de
passageiros ao ano.
Com este cenário, a Infraero se baseou nesses
números para otimizar os custos do Aeroporto de Manaus. O objetivo é garantir
níveis de conforto e segurança dentro das normas vigentes, mas com um
aproveitamento melhor da infraestrutura disponível.
Conforme destacou a Infraero, o terminal 1
tem condições de sobra para receber o movimento do Eduardinho, além de realizar
economia de recursos públicos. Recentemente reformado, com custos que superam
R$ 21 milhões, o Eduardinho voltou a operar após as obras, em meados de 2015.
De acordo com a Superintendência do Aeroporto
de Manaus, o Eduardinho apresenta atualmente um déficit de custos de mais de R$
5 milhões, tendo em vista que gera por ano, uma receita de R$ 1 milhão, mas com
custo para operar com R$ 6 milhões.
http://www.aca.org.br/2017/08/28/aos-poucos-aeroporto-eduardinho-comeca-ser-fechado-e-afeta-passageiros/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.