O fim da Secretaria de Turismo é algo que surge num momento em que a gestão municipal recuperou a saúde financeira, as dívidas foram negociadas, parceladas a perder de vista. Também, quando aumenta a entrada de recursos oriundos dos royalties do Cobre do Projeto Salobo. Aliás, iniciou esta semana a obra de revitalização do ponto turístico, com recursos próprios, da Orla Sebastião Miranda, de quase R$ 1 milhão, ou seja, muito em breve teremos o nosso cartão postal sob uma nova pintura e com os guardas sóis recuperados.
O Centro de Convenções de Marabá, quer dizer, da região, caminha para a finalização das obras, já no fim do prazo para sua conclusão, bastando a conclusão da via externa de acesso que será asfaltada. Este empreendimento está sendo considerado como um elefante branco, dada a indefinição quanto a sua gestão. O fim das atividades turísticas vem caminhando continuamente para que as ações sejam silenciadas, as atividades culturais, de lazer e de turismo seguem sem nenhum apoio, sem um calendário de eventos. Tristeza que afeta o desenvolvimento econômico.
É algo muito estranho perceber essa vontade do atual gestor, foi ele quem assinou a lei 17.326 da criação da Secretaria de Turismo em 2008, também encontrou o local, mandou fazer o projeto e convenceu o governo do Estado da construção do Centro de Convenções. Agora investe no cartão postal e pede a extinção ou fusão, dá no mesmo, pois, essa fusão com uma secretaria inoperante a faz se tornar praticamente extinta.
O atual gestor poderia usar o setor produtivo para alavancar a economia local, aumentar o fluxo de pessoas na cidade, trazer investidores para o segmento e gerar muitos empregos a partir de uma atividade sustentável e infinita, que não causa poluição, desmatamento e nem acaba com nossas matérias primas. O potencial adormecido é grandioso, como o Aeroporto de Marabá que pelo segundo ano seguido vem perdendo voos, já se tornando complicado viajar para a Capital. Mais, a cidade é a Capital do Sudeste, sede da Região Metropolitana de Marabá e Capital do Carajás, já foi o maior centro de negócios e eventos da região. Mais, possui 10 praias fluviais e balneários bem legais, toda uma riqueza natural imensa das Florestas Nacionais, do Zoobotânico, de grande rede hoteleira e gastronômica, uma ponte gigante rodoferroviária com fluxo de veículos em mão inglesa. Temos tudo que o turismo precisa.
A luta do Rochedo com o Mar
Afirmei hoje na tribuna da Câmara de Vereadores, solicitei de cada um deles a contrapartida para com o social, com o desenvolvimento econômico com base em nossas vocações, em especial o turismo, pois, a cidade está numa crescente na geração de desemprego e da violência, nossos jovens não encontram o mercado de trabalho e se aliam a coisas erradas e negativas.
O ano de 2016 foi um exemplo apresentado, o trabalho da iniciativa privada deu um agitada, primeiro com a inserção do município no Mapa do Turismo 2016, realização do I Seminário de Turismo, elaboração do Mapa Turístico de Marabá, impressão da Revista Marabá - Obra Prima da Amazônia. Pelos fatos apresentados, procurei deixar claro o envolvimento empresarial pelo turismo, que chega entre 85 e 90% dos investimentos, considerando que os recursos anuais para o setor é pequeno e não afetaria o desempenho da atual gestão.
Sob os olhares pouco atenciosos dos nossos edis percebi a grande batalha que deveria ser travada. Talvez o desinteresse em algo que o município poderia ganhar olhando para frente, avançando passo a passo. Mas, senti uma grande ingratidão para com o povo que precisa de emprego. Me senti derrotado e impotente, muitos esqueceram-se dos seus eleitores, dos muitos que passam diariamente em seus gabinetes entregando currículos e pedindo qualquer tipo de emprego ou de ajuda.
Tentei ser maleável, baixar a bola, buscar algum tipo de apoio para a causa. Mudei a estratégia, pedi que deixasse a Secretaria, que, quando o prefeito pudesse ele a colocaria para funcionar e trabalhar para a cidade, base para a obra da orla que está sendo reformada, funcionamento do Centro de Convenções. Agora, apenas um milagre mudaria essa realidade, esse milagre chama-se Tião Miranda, a este cabe o sopro que dá vida ou a pá de cal em cima da sepultura.
Enfim, essa é a vontade do prefeito, fundir o Turismo na Secretaria Municipal da Indústria, Comércio, Mineração, Ciência, Tecnologia e Turismo, pois, o gestor tem poder de convencimento e não adianta insistir. Nesta guerra entre o rochedo com o mar quem sofre são os empresários, comerciantes, artesãos, barqueiros, rabeteiros e o povo que precisa de emprego, perde a cidade que precisa diversificar sua geração de renda.
Enfim, essa é a vontade do prefeito, fundir o Turismo na Secretaria Municipal da Indústria, Comércio, Mineração, Ciência, Tecnologia e Turismo, pois, o gestor tem poder de convencimento e não adianta insistir. Nesta guerra entre o rochedo com o mar quem sofre são os empresários, comerciantes, artesãos, barqueiros, rabeteiros e o povo que precisa de emprego, perde a cidade que precisa diversificar sua geração de renda.
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