Reunião discutiu a complexidade da extração de areia em Marabá |
Por convocação do Vereador Nonato Dourado, foi realizada uma reunião especial neste dia 31 de agosto, às 17 horas, com a finalidade de debater assuntos relacionados a extração de areia no leito dos rios Tocantins e Itacaiúnas, com a participação de representantes de diversos setores do município, com a presença do Secretário de Meio Ambiente Válber André, representante do Conselho do Meio Ambiente Carlos Brito, da Associação dos Oleiros Océlio, da Cooperativa de Extração do Rio Itacaiúnas Carlinho, do Geólogo Cláudio, do Conselho de Turismo Arnilson de Assis e Aimar Queiroz, da Pesquisadora do Estado Atayná Santos e dos vereadores Pedro Corrêa, Ilker Moraes, Cabo Rodrigo, Gilson Dias, Márcio, Irismar Melo, Priscila, Mariozan Quintão, além do Nonato Dourado.
Entre as exposições iniciais ficou evidente uma preocupação, que a extração de areia do leito dos rios, realizado por dragas, possa afetar essas duas belezas naturais. Mas, ficou claro que existe alguns problemas que precisam ser enfrentados, como a reposição de matas ciliares em alguns pontos, principalmente no rio Tocantins, como forma de evitar o derrocamento. Os vereadores estão preocupados com o possível sumiço de praias, (como é o caso da Bela Vista), que demoraram para surgir e encontram-se bastante pequena. Outro ponto é que o rio está muito baixo, secando rapidamente, fazendo surgir vários pedrais.
Para a pesquisadora Atayná Santos existe uma preocupação, com o funcionamento de algumas dragas, na praia do Geladinho. Ela verificou que algumas deixam vazar óleo diesel e até lubrificantes. Para o geólogo Cláudio o rio Tocantins vem de longe perdendo forças (correnteza), afetando o nivelamento onde havia buracos, considera que a ação das dragas é benéfica ao retirar matéria deixando-o mais profundo. Para Océlio os extratores de areia fazem em local longe das margens, conforme é deliberado pelo DNPM e Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O Secretário de Meio Ambiente apresentou que há 165 processos de liberação de alguma atividade do tipo, no entanto, os processos caminham pelo Departamento Nacional de Produção Mineral que faz a liberação e determina os polígonos, depois, o processo é encaminhado para a Secretaria que passa a liberação e a fiscalização das atividades. O Secretário acompanha de perto todo o trabalho e vê com preocupação o fim das matas ciliares, que, poderia contribuir para a fixação das margens e proteção do leito. A extração costuma ser realizada em Áreas de Proteção Ambiental, nas margens dos referidos rios, fato que poderia ser repensado.
O legal é que os nossos vereadores começaram a se preocupar com os rios e com a atividade turística.
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