Crédito: Zé Dudu |
As unidades de conservação que compõe o mosaico de Carajás,
Floresta Nacional de Carajás e Floresta Nacional do Itacaiúnas, comemoraram 19
anos desde a publicação do Decreto Federal 2.486 de 02/02/98, que as criou. E
para comemorar a data o ICMbio, por meio do Centro de Visitantes do Mosaico de
Carajás, em parceria com o Setor de Uso Público da Flona, da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, realizou no sábado (18), o II Circuito Ecológico de
Carajás.
A visita foi gratuita e aberta ao público, 62 pessoas se
inscreveram, diretamente na sede do ICMbio para visitar a Floresta. A servidora
pública Kaciane Gomes Barbosa ficou sabendo do passeio, se inscreveu e ainda
levou mais dez amigos para conhecer as belezas naturais de Carajás.
“Foi tudo maravilhoso, primeiro por conhecer a Flona, que tanto
é falada e explorada em nossa cidade, porém pouco conhecida de fato pela
população, e segundo pela experiência do passeio em si, com tantas aventuras e
paisagens únicas”, relatou Kaciane Gomes sobre a visita.
“Estou aqui em Parauapebas há dois anos e não sabia da
existência dessas belezas naturais da Floresta de Carajás. Existem espécie de
animais e flores que são únicas daqui, inclusive, em áreas bem específicas que
se você sair delas não encontrará mais em nenhum outro lugar do mundo, isso é
incrível! É bom saber que estamos em um lugar único no mundo e precisamos
preservar. Passamos por cavernas, cachoeiras, parque ecológico. Vale a pena,
desejo de coração que todos tenham a oportunidade de conhecer”, descreveu
Daniel Lincoln da Silva, que é autônomo.
Roteiro do circuito ecológico
A concentração foi logo cedo, em frente à Portaria da Floresta
Nacional (Flona) de Carajás, a turma saiu em dois ônibus. A primeira parada foi
no Centro de Visitantes no Zoobotânico, onde foi realizada uma palestra sobre
atuação do ICMbio, seus objetivos, o que é a Flona Carajás e seus desafios.
Durante a palestra os visitantes foram orientados sobre à
importância de conhecer todas as riquezas naturais da região para então
contribuir com a sua preservação. O objetivo foi também de despertar o
sentimento de pertencimento da Floresta e de esclarecer que ela não é de
propriedade do setor privado e sim de toda a comunidade, além de demonstrar que
a região não tem apenas o potencial mineral mas também possui uma riqueza
natural que pode beneficiar a comunidade de outras formas.
Após
a palestra, os visitantes cantaram os parabéns alusivos aos 19 anos da Flona de
Carajás e partiram para a Trilha Lagoa da Mata, onde caminharam por um percurso
de um quilômetro, conhecendo diferentes espécies arbóreas e recebendo diversas
informações sobre o ecossistema local. A Lagoa da Mata é uma zona de captação
da água da chuva, mais parece uma panela, com uma vegetação que já vem sendo
estudada por pesquisadores por conta da sua relevância.
Crédito: Zé Dudu |
Na
sequência, os visitantes partiram para o Mirante da Mina de N4, onde tiveram a
oportunidade de ver o avanço do processo de mineração na área, desde a sua
implantação até os dias atuais.
O ponto seguinte de visitação foi a savana metalófila, um
ambiente peculiar da região, onde se encontra uma vegetação ímpar, que cresce
em formações rochosas de ferro. Neste local os visitantes tiveram a
oportunidade de ver a floração da Ipomea Calvantei, flor endêmica de Carajás,
que pode deixar de existir se houver avanço desordenado da mineração.
Algumas cavernas também foram visitadas, dentre elas a caverna
ferrífera Mapinguari, protegida por lei e de grande relevância para o
ecossistema. O ponto final do circuito foi a cachoeira de Águas Claras, a maior
parte dos visitantes experimentou a maravilhosa sensação de relaxamento que o
banho na cachoeira proporciona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.