domingo, 8 de janeiro de 2017

Riqueza Ambiental - Floresta de Carajás

Zoobotânico de Carajás (Crédito da imagem: http://g1.globo.com/)
A Floresta Nacional de Carajás tem 411 mil hectares e faz parte dos municípios de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Água Azul do Norte, abriga o Projeto Grande Carajás, onde está instalada a Vale que faz a exploração mineral, em consonância com a legislação brasileira. Muitas pesquisas são realizadas para a prospecção de suas riquezas. Há a preocupação ambiental com pesquisas científicas visando a proteção da fauna e ao Gavião-Real (Harpya harpya) e da Arara Azul grande (Anodorhynchus hyacinthinus), mas, para tanto, ficou uma grande área para exploração e outra resguardada para a preservação natural dessa fantástica beleza. O bom é que já existe monitores formados pelo ICMBio e Unifesspa e guias da Cooperture para as visitas conduzidas e com informações da fauna, flora e de muitas surpresas como cachoeiras, cavernas, grutas e etc.


Neste complexo natural está instalado o Parque Zoobotânico de Carajás, o Zoológico de Carajás, em área equivalente a 30 campos de futebol com floresta nativa e animais da Floresta Amazônica, o visitante terá contato com onças, macacos, cobras, quelônios, araras e antas que vivem livremente, além de conhecer exemplares de espécies vegetais. 



O tratamento através do Jaborandi


Crédito da imagem: http://www.asplantasmedicinais.com/
De Carajás se extrai além de minerais como o ouro, o ferro, manganês entre outros, o Jaborandi, (nome científico: Pilocarpus jaborandi) planta de origem brasileira, nomeada pelos índios tupi-guarani de "yaboran-di" ou "planta que faz babar" e usavam-na para produzir suor por causa de suas propriedades sudoríferas e diuréticas. Atualmente sabe-se da sua importância no tratamento da glaucoma e da queda de cabelo. Muitos países compram-na para uso no combate ao glaucoma, a maior causa de cegueira no mundo, como componente na fabricação de colírios para o tratamento da doença. Por meio da pesquisa, foi realizado o monitoramento fenológico do jaborandi e o mapeamento das áreas com a presença da espécie. Um dos resultados muito significativos foi a identificação de 5.538,90 hectares de área de ocorrência natural deste em dezesseis pontos distintos.

O Jaborandi tem propriedades para usos internos e externos, como por exemplo: acne, asma, afecção catarral ou reumática, Alopécia (queda de cabelo), Amenorreia, Artrite, Blenorragia, Bronquite, Boca seca, Caspa, Caxumba, Cólica intestinal e hepática, Deslocamento de retina, Diabete melitus, Difteria, Dor de dente, Edema pulmonar, Febre, Fezes ressecadas, Glaucoma, Gripe, Hemoptises, Hiper-hidrose local ou geral, Paralisia nos rins, Pleurisia, Pneumonia, Reumatismo e etc.



Floresta Nacional de Carajás, linda, maravilhosa


Crédito: vídeo do ICMBio
Saindo de Parauapebas em ônibus a viagem até  Floresta de Carajás dura cerca de duas horas, em direção a um alojamento luxuoso que servia a estatal Vale que será destinada ao apoio ao ecoturismo. O passeio também pode ser iniciado por dentro da mineradora, devendo, entretanto, manter contato prévio para uma autorização e montagem de uma estrutura por parte da empresa que conduzirá ao passeio. 

Há a conservação e biodiversidade conciliadas com outras atividades, inclusive de mineração, meio complicado isso. Nesta área de savanas metalófilas, uma espécie de vegetação rupestre que ocorre em áreas de canga hematita, caracterizadas pelo solo de formação rochosa com elevado teor de ferro em sua composição (litossolo). Essa savana de área aberta é considerada como um ecossistema paralelo ao ecossistema amazônico e abriga grande diversidade de vegetais e de espécies endêmicas. Pelas características rochosas do solo ocorre a dificuldade de infiltração das águas e de raízes, impactando no não surgimento de árvores de grande porte como ocorre na Amazônia de florestas ombrófilas densa, aberta e fechada, daí, é comum o surgimento de grandes lagoas liminicas apenas nas estações chuvosas. A sensação do visitante é de estar em algum lugar do nordeste brasileiro pois, predominam vegetação de caatinga e de cerrado, e é possível encontrar o mandacaru, típico de clima quente e seco.

Neste mundão de muito verde da floresta de Carajás encontram-se cachoeiras de águas claras, grutas, cavernas, um mundo cheio de vida refletidas nas muitas árvores e animais típicos da região. A natureza viva entoa constantemente o seu canto, de aves e animais e um colorido sem igual. É o contato prazeroso que oportuniza ao visitante uma sensação de quero mais. Em 2014 a Floresta de Carajás foi visitada por 216 mil pessoas, conforme dados da Cooperture - Cooperativa de Ecoturismo de Carajás e, segundo o presidente da cooperativa Gilberto Silva Vieira há uma preferência pelos visitantes para a observação das aves e para a pesquisa científica.


Cachoeira de Águas Claras, mais Ecoturismo

Crédito:Conecta Carajás
Outro destino bastante visitado é a Cachoeira de Águas Claras, começa na portaria de Parauapebas e segue por trilha até a Lagoa da Mata, chegando no Mirante da Mina de N5, na savana metalófila, passando por cavernas e grutas até a linda cachoeira. É preciso um pouco de espírito aventureiro para encarar essa empreitada acompanhada por condutores da Cooperture que conta com 24 guias capacitados para realizar as atividades de ecoturismo e com total apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio.

O passeio custa R$ 200 para grupos de até 15 pessoas. Além disso, há duas taxas no valor de R$ 5,50, cada, para o ICMBio e por veículo utilizado na visita, respectivamente. Mais informações pelo telefone (94) 99157-4987.

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