sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sem Centro de Convenções turismo perde grana

Parte da estrutura do Centro de Convenções caiu em outubro de 2016
Nada menos que R$ 600 milhões deixaram de circular na economia de Salvador de dezembro de 2013 até o final de 2016 em razão da queda do turismo de convenções e congressos, de acordo com levantamento inédito da Salvador Destination, que recebe hoje o trade turístico em almoço no hotel Sheraton, para balanço geral do setor.
Paulo Gaudenzi, presidente da entidade, antecipou a informação para a Tempo Presente. Ele explica que o cálculo do levantamento considerou valores nos setores de hotelaria, restaurantes, lojas de brindes e presentes, e tudo o mais que é movimentado pelo turismo de convenções. Era a salvação da baixa estação.
Perícia – A história todo mundo conhece: em dezembro de 2013 um grande congresso da área médica que iria acontecer no Centro de Convenções foi cancelado por falta de condições no local. Depois o prédio fechou. E, depois, uma parte dele caiu.

– Cadê o resultado da perícia? Por que caiu? Uma hora diz que vai ser no Comércio, outra no Parque de Exposições. Estamos órfãos de um grande equipamento. E hoje ninguém sabe de nada – provoca Gaudenzi.
O trade continua batendo na tecla de que o local deve permanecer o mesmo. São mais de 10 mil leitos nos bairros adjacentes.


Queda de passageiros
Saiu na terça, quentinha, a estatística da Infraero que detalha voos e passageiros nos aeroportos do País. O Aeroporto de Salvador registrou queda de desembarque de passageiros em relação a 2015. Em números gerais foram menos 746.444 passageiros que desembarcaram em Salvador em 2016. Uma queda de 17%.

Secult responde
A Secretaria de Cultura do Estado respondeu, em nota, às reclamações da classe artística, publicadas ontem aqui, no que se refere à gestão da cultura e desclassificações de projetos nos Editais Setoriais 2016.
A Secult afirma que os projetos desclassificados nos editais, incluindo os do setor audiovisual, não atenderam a critérios estabelecidos no edital, que é de conhecimento de todos os agentes culturais. Frisa o item “apresentação de documentos para conveniamento”.
Democracia – Diz que os proponentes das 72 propostas foram comunicados sobre motivos de desclassificação. E que, mesmo aprovados pelas comissões temáticas, somente poderiam conveniar os projetos a partir do cumprimento dos requisitos próprios de um chamamento público (edital), que inclui a apresentação da documentação exigida.
Finaliza que o compromisso é com a democracia e a transparência e que todos os procedimentos do edital são de conhecimento público. Outros 288 projetos receberam os recursos do Fundo de Cultura, que desembolsou R$ 30 milhões em 2016.
Transparência – A gestora cultural Marcia Cardim procurou a Tempo Presente para dizer que seu post no Facebook não criticou as “desclassificações”, conforme dito aqui. Mas, sim, a gestão e falta de transparência na pasta. Ela diz que há questões não respondidas pela Secult, como a relação de projetos contemplados, quais receberam a primeira parcela e por aí vai.


Regina Bochicchio com Yuri Silva | tempopresente@grupoatarde.com.br

http://atarde.uol.com.br/coluna/reginabochicchio/1832137-sem-convencoes-turismo-perde-grana-premium

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