Professor da Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará:
Sou professor no curso de Geografia. Quero registrar que a Unifesspa não foi convidada formalmente. Atualmente venho trabalhando com políticas de turismo, foco dos meus estudos da minha tese de doutorado.
Eu pergunto se de fato Marabá será o mesmo município depois do Centro de Convenções, que é um espaço destinado à eventos. Penso em outras coisas importantes, os eventos serão realizados para quem? Quem será beneficiado com os eventos realizados? O governo do Estado, concordo com o Dauro, errou de uma forma crassa quando se refere a regionalização da atividade turística no estado ao pensar um polo regional que relaciona cidades que culturalmente e historicamente foram formadas de maneiras diversas, é complicado. Pois, dali se tirou o Plano de Desenvolvimento de Turismo em 2001 e, dez anos depois o Plano do Pará em 2011 com a mesma proposta.
Pensar que Marabá é um polo regional, isso é verdade, agora, pensar o Centro de Convenções como um espaço do turismo de negócios é algo para ser refletido. Para quem tá fazendo negócios não está pensando em lazer, está trabalhando. O Centro de Convenções como espaço de turismo de negócios é algo para ser repensado como proposta, como questão democrática. Os eventos a serem desenvolvidos, serão apenas voltados para os negócios? Os eventos culturais terão vez? As manifestações folclóricas dos diversos grupos culturais existem no município, acho que estão adormecidos e, eles serão considerados?
Eu pergunto: qual é a proposta de turismo que Marabá quer adotar para os próximos anos? Com uma política clara dá para pensar as diretrizes que serão retiradas disso. O Plano Municipal bem claro, aí sim deve-se implantar uma Comissão Permanente.
Guido Mutran - Vereador e Presidente
da Comissão Especial de Desenvolvimento
As colocações feitas são plausíveis. Nós que vivemos nesta cidade há muito tempo, onde nada acontece, o Centro de Convenções é um marco diferencial entre o antes e o depois, como o Shopping e tantas outras coisas, criando políticas públicas diferenciadas no município e favorecendo o lazer das comunidades.
da Comissão Especial de Desenvolvimento
As colocações feitas são plausíveis. Nós que vivemos nesta cidade há muito tempo, onde nada acontece, o Centro de Convenções é um marco diferencial entre o antes e o depois, como o Shopping e tantas outras coisas, criando políticas públicas diferenciadas no município e favorecendo o lazer das comunidades.
Agora, a nossa história, tudo aquilo que vivemos a nível de Marabá, nas colocações que você fez, claro que precisa ser feito um estudo e também tem que ser passado para as pessoas que vão vir. Eu agradeço o que você disse e agradeço a sua participação.
O Centro de Convenções é um diferencial como o Shopping e outras coisas que vão vir pela frente.
Profa Jeânia dos Santos
Presidente da Federação das
Entidades Comunitárias de Marabá:
Edevaldo Pereira
Presidente da Associação dos Barqueiros e
Rabeteiros da Praia do Tucunaré
Maurino Magalhães de Lima Filho
Presidente da Associação dos
Taxistas de Marabá
Nilva Resplandes
Mab Tur - Agência de Viagens
Josenir Soares
Gerente Regional do Sebrae - Marabá
Presidente da Federação das
Entidades Comunitárias de Marabá:
O Hugo foi muito feliz quando falou do Plano, existe também o PPA que está aqui.
Quero fazer o registro histórico de leis municipais do turismo. A Lei 15.218/98 criou o Conselho Municipal de Turismo através do Prefeito Geraldo Mendes de Castro Veloso. Em dezembro do mesmo ano, criou-se o Fundo Municipal do Turismo (Fundetur). Em julho de 1999 foi criado o Selo de Qualidade em Turismo. A Lei 17.236/2008 criou a Secretaria Municipal de Turismo e, em 2009 foi dada nova redação à este Lei porque na anterior estava escrito que era do município de Porto Alegre. Em março de 2014 a Lei 15.214 alterou a composição do Conselho Municipal, aumentando o número de componentes e segmentos. Na questão de leis municipais nós estamos muito bem.
Quero mostrar um vídeo feito por crianças falando da nossa Cidade, do nosso Turismo.
Pedro Correa - Vereador: Agora eu chamo o representante da Associação dos Barqueiros e Rabeteiros da Praia do Tucunaré. Eu lembro que fui chamado e ele me falou da importância de organizar e padronizar os barcos e rabetas, para que todos usassem colete salva vidas, ele tinha a preocupação com os turistas. E as autoridades não se atentam para esses trabalhadores. Vamos ouvir o Sr. Edevaldo Pereira.
Presidente da Associação dos Barqueiros e
Rabeteiros da Praia do Tucunaré
Eu chamo a atenção à Praia do Tucunaré, ela está esquecida, é tão importante para nós e para o turismo de Marabá. Na gestão passada o prefeito olhou muito para nós, promoveu muita diversão e foi bom para nós rabeteiros, barqueiros e barraqueiros que ganharam dinheiro. Na gestão atual o prefeito se esqueceu e deixou de investir na praia. Não aconteceu nenhum evento para barqueiro, rabeteiro para ganhar o seu real, parece que não existe mais a praia do Tucunaré.
Presidente da Associação dos
Taxistas de Marabá
Eu vejo a cidade em uma grande crise. Eu sou taxista e o meu ponto é no aeroporto e a perda de voos afetou muito a categoria e a economia local, acredito que é em função da perda de atratividade da cidade, já não é a menina dos olhos para o mundo, com promessas da derrocagem no rio Tocantins, da barragem.
Ouvi falar na reforma do aeroporto, realmente foi reformado, ampliado, aumentou a capacidade de passageiros, mas, eu escuto os passageiros dizerem que tem cara de rodoviária, que a cidade fede, que é só poeira.
Também reafirmo a necessidade de capacitação. Recebemos pessoas de outros países e nós não falamos inglês e atendê-los da melhor maneira possível.
Precisamos cuidar dos pontos turísticos da cidade, das rodoviárias, cuidar da sinalização das ruas.
Nós temos condições de potencializar a praia do Tucunaré, de fazer o melhor carnaval, o melhor réveillon da região. Temos muitas fontes de turismo na cidade que precisam de atenção e investimento.
Mab Tur - Agência de Viagens
Já foi falado de todas as nossas necessidades e das nossas potencialidades. A gente precisa de apoio da Câmara de Vereadores, da Associação Comercial para ver a redução dos voos, reivindicar às companhias aéreas. Nós temos demanda de passageiros.
João Fernandes - EViagem Turismo
Sobre a redução dos voos, estamos vivendo um momento de sazonalidade, de readaptação do mercado. A ação dos políticos pode dar pouco resultado, os políticos podiam tratar da redução do ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços.
Os aviões atualmente não estão adequados ao momento de baixa. Muitas vezes a gente vinha de Brasília com 150 passageiros, desciam 120 em Marabá ou mesmo desciam todos aqui e não seguiam para Belém. O fluxo de passageiros aqui é para o Sul e Sudeste e não é muito para Belém. Chegam lotados e seguem para Belém com 30 ou 40 passageiros. Nas exceções 80, 90 passageiros. Também embarcam muita gente para Brasília e pouco para Belém.
A empresa Azul é que tem o tipo de avião mais adequado para a situação atual, para o transporte de 100 passageiros. Vem de Brasília lotado e segue para Capital com uma quantidade mais razoável. É coisa de mercado e estamos em momento recessivo.
Gerente Regional do Sebrae - Marabá
O Sebrae está junto, inclusive com um projeto colocado no PPA Sebrae 2016/2019 focado no turismo de negócios e eventos, é algo que já existe e não é mensurado. Precisamos fortalecer as empresas do município e ouvimos muito falarem em capacitação que é a coisa mais importante para potencializar esse segmento.
Fizemos uma parceria com o Sebrae e a CNTUR com a realização de cursos e mais de 40 empresas se inscreveram, terminamos com 9 empresas, tudo subsidiado.
O Sebrae tem "know-how" e estamos juntos, achei muito importante a proposta de se promover um seminário em 2016, trazer especialistas na área, sem inventar nada. O Arnilson deixou bem claro que um município pequeno, Vitória do Xingu, fazendo marketing do seu turismo e nós não fazemos, temos medo de trazer turistas para cá e as empresas não estão preparadas. Existe a concorrência e não queremos ficar para trás por empresas de fora, por que não sabemos fazer marketing?
Muito do que queremos sobre o turismo precisa de preparação, tudo precisa de planejamento antes. Neste instante o Sr. Dauro pede para falar e diz que a administração do Centro de Convenções de Marabá é para funcionar igual ao modelo de Belém e, precisa que a sociedade civil esteja organizado com sindicatos, participando. Vai ser formada uma empresa privada para administrar o Centro.
O Arnilson tem visitado o Sebrae constantemente, acompanhando assim como o Dauro, o Ricardo da Acim, o Neto do Sindicom e a Ísis que é nossa grande parceira. Quero afirmar que nunca recebi uma visita de alguém da Secretaria de Turismo, até parece que não existe a Secretaria.
Estamos finalizando o projeto de turismo para 2016.
O Pedro falou e eu vi o que está posto no PPA da Prefeitura para o turismo. Esse valor de R$ 1,6 milhão do orçamento para um ano é muito pouco. O projeto de capacitação que eu falei, do Sebrae foi orçado em quase um milhão e, um milhão e seiscentos mil é muito pouco para a Secretaria de Turismo, não dá para fazer nada. O poder público tem que dar infraestrutura para o turista.
Eu estive em Portugal, conheci Aveiro, uma cidade menor que Marabá, ela nem possui um rio, é um canal muito utilizado pelo turismo, fazem passeios de barcos equipados, pintados com cores da cidade e, nesse passeio de barco muitos ganham, o barqueiro, agências de viagens, o proprietário de restaurante e o turista fica mais tempo na cidade. E no nosso caso temos dois rios e não temos passeios turísticos.
Os bancos tem recursos, precisa se preparar, se habilitar para receber. Na semana passada recebemos a visita do BNDES e o Arnilson participou conosco, mostrou uma enorme quantidade de recursos disponíveis, repassados aos bancos oficiais e privados.
Estamos finalizando uma pesquisa qualitativa e quantitativa com grande parte dos empresários locais para servir ao projeto de turismo.
Fico mais feliz por ver esse grupo numeroso, todos pensando em turismo e esperamos promover o Seminário.
Não percam a próxima postagem.
