Secretário Adenauer Góes: A cidade precisa ser um ser pensante com
conjuntura regional
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Eu acompanho
a trajetória recente do turismo de Marabá e me dou ao direito de certas
afirmações, não com o intuito de criticar pessoas ou ações, mas, no sentido de
ver o que foi e o que deixou de ser feito. Vamos retornar para o ano de 2008, o
prefeito Tião Miranda instituiu a Lei n.º 17.326 de 30 de dezembro de 2008
de criação da Secretaria Municipal de Turismo – SMTUR. Em 2009 Maurino
Magalhães (2008 - 2012) assume como prefeito eleito, ativou e
empossou a senhora Vanusa Barbosa como secretária, ela trabalhou por três anos,
conseguiu imprimir um bom trabalho.
O prefeito
João Salame (2013 - 2016) assume em primeiro de janeiro de 2013 e empossou a
senhora Avanir para comandar a secretaria de turismo, não sei o que esta
conseguiu promover, não sei mesmo, e ficou apenas 2 anos. Em maio de 2016
Salame deu posse a secretária Jeania Lima, esta correu para fazer a programação
de veraneio, arrumou e embelezou o caís de embarque e desembarque e ofereceu em
julho programação para a praia do Tucunaré e Geladinho. Em agosto foi exonerada
e a secretaria ficou inativa.
Tião Miranda
elege-se prefeito em 2016 (2017 - 2020) assume em janeiro de 2017, buscou
extinguir a lei de criação da secretaria de turismo, mas, já retirou o projeto
de pauta. Até o momento não sinalizou como será a sua política voltada ao
turismo, considerando o recebimento do Centro de Convenções da alegria
demonstrada em público, espero que tome as rédeas das ações de sua competência.
Por enquanto a secretaria encontra-se desativada.
No
discurso de inauguração do Carajás Centro de Convenções o Secretário de Estado
de Turismo Adenauer Góes colocou a responsabilidade do funcionamento deste
equipamento na classe empresarial e na sociedade. Até o presente momento a
prefeitura está de fora da promoção do turismo e de ações que convirjam na
realização e atração de eventos. Até a presente data, infelizmente a sociedade
e a classe empresarial não perceberam o seu papel perante o Centro de
Convenções, também, a gestão municipal.
De 2012
até os dias atuais não se capacitou mão de obra, não se criou bases de união do
trade. O ano de 2017, prestes a se encerrar, não foi apresentado o calendário
cultural. Estamos deixando de articular a cultura e o turismo deixando de
promover e divulgar a cidade. Cinco anos se passaram muito rapidamente,
recebemos do Estado o Centro de Convenções e não temos mão de obra qualificada
para muitas das ações necessárias.
Ainda
faltam bases para que a cidade seja vanguarda ou polo irradiador do turismo, não
temos uma secretaria funcionando, os empresários estão desarticulados e não se
pensou em se buscar eventos para fazer funcionar o Centro de
Convenções. Se a cidade possui 45 empresários do ramo hoteleiro, estes
estão afastados, distantes da realidade, são 2.500 leitos de hospedagem quase
ociosos nesta crise.
O nosso
aeroporto atualmente possui apenas 12 voos diários (não todos os dias) precisa
ser alavancado em fluxo de passageiros. A cidade representa um entroncamento
aéreo, rodoviário, fluvial e ferroviário na região de Carajás, mas, tudo
desarticulado.
A cidade
dormiu muito, está dormindo. O Dr. Adenauer Góes, Secretário de Estado de
Turismo do Pará afirmou por várias vezes: “É a cidade que precisa se apoderar
do Centro de Convenções e não esperar pelos eventos”. Agora já se tem onde
promover grandes eventos e é preciso captá-los. Sem empresários não haverá
negócios e nem geração de empregos. Enfim, afirmou também: “A cidade precisa
ser um ser pensante com conjuntura regional”.
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