terça-feira, 5 de dezembro de 2017

MAIS UMA TENTATIVA DE EXTINÇÃO DA SECRETARIA DE TURISMO DE MARABÁ

A gestão pública tem comportamentos positivos, e negativos também. Esse negócio da democracia de pensar no coletivo, de trazer melhorias para o povo, gerar empregos, cuidar disso e daquilo, não passa de discursos vazios e o povo ainda bate palmas. O executivo é o poder responsável pelas maiores mudanças em seu município, é sua responsabilidade construir uma parada de ônibus, construir uma escola, posto de saúde, uma Unidade de Pronto Atendimento, enfim, de tornar mais aceitável as condições de sobrevivência com melhor saúde, educação, segurança e, de trazer investimentos, gerar empregos.

Hoje foi a segunda vez que se tentou a aprovação da extinção da secretaria de turismo, vieram muitos votos contrários e, para, para, para tudo. Um vereador se encarregou de pedir pela segunda vez vistas, parando ali o prosseguimento do que seria uma derrota. A pasta do turismo que seria fundida tem um orçamento modesto R$ 1,975 milhão anual, algo que não sangra em nada uma cidade com o porte de Marabá, Capital da Região Metropolitana de Marabá, a Capital do Carajás. Tal orçamento talvez seja menor que o gasto com cafezinhos em certos gabinetes, mas, traduzir investimentos, embora pequenos, no caso do turismo, para gerar renda e emprego, a estrategia é negativa e segue uma ironia no desenvolvimento local.

Embora Marabá possua importantes privilégios naturais e, mesmo sendo valorizada, priorizada pelo Ministério do Turismo sendo município da Categoria B (só perdendo para a Capital) e com apoio do Governo do Estado do Pará, a atenção destes potencializadores das políticas públicas ainda não encontrou base por aqui. Pelo contrário, aqui o que se busca é apagar, desmanchar alguma estrutura que existe e certos avanços que outras cidades não tem.

A Categoria B que Marabá possui junto ao Ministério do Turismo lhe permite muitas vantagens, especialmente para a execução de projetos locais e regionais, celebração de convênios, mais, quá! Isso é interessante para a gestão pública? Para todo o segmento econômico do turismo seria extremamente necessário. 

O Governo do Pará está com o Centro de Convenções pronto e acabado e pode ser inaugurado a qualquer momento, mas, ainda falta trabalho de base, coisa que nós munícipes, setor privado e público ainda não fizemos. Estou me referindo a uma estruturação de base que exige o envolvimento empresarial e público. Exige ação, um terreno preparado diariamente neste trabalho infindável que se chama turismo. Não adianta sentar no ponto zero e ficar esperando. O turismo se faz com 85 por cento das ações pelo setor empresarial e, apenas 15 por cento pelo setor público. Compete a gestão publica articular os agentes dentro de uma ação. Depois da articulação e preparação vem a promoção com a divulgação e acolhimento dos turistas.

Um exemplo para reflexão. O Círio de Nazaré em Marabá recebeu aproximadamente 7 mil visitantes e a estes nada foi oferecido, nada mesmo. O setor hoteleiro, gastronômico, de eventos, de transportes e etc não perceberam um grande negócio que passava no seu campo de visão. Eu chamei de visitantes porque não se pensou nos turistas, nas formas de acomodação, alimentação, transportes, atrações, passeios e etc. Nada foi feito para se vender serviços turísticos. Se não foi oferecido nada, qual foi o faturamento desses empresários? Esses visitantes, que não se tornaram turistas, retornaram para suas cidades sem comprar nada de produtos ou serviços, voltaram silenciosamente. Mais uma vez a cidade de Marabá deixou de se projetar como cidade hospitaleira.

E a decisão do prefeito, sem nenhuma justificativa é de desativar a Secretaria Municipal de Turismo para fundi-la em outra, como se isso representasse alguma vantagem para cidade. Trata-se de uma importante secretaria do setor produtivo, que sua missão é de produzir riquezas para gerar empregos e renda para a gestão pública e para o setor empresarial. Essa competência de fechar essa secretaria está nas mãos dos representantes do povo, os vereadores, nas mãos de todos, mas, alguns se especializaram em atender caprichos do gestor municipal e se esquecem das reais necessidades de seus eleitores.

O fechamento da secretaria com uma fusão pode resultar em nada, um prosseguimento do nada que vem acontecendo neste primeiro ano de governo. Mas, ativando a secretaria com pessoas competentes e com projetos, reveste-se de positividade e pode, inclusive, contribuir fortemente para o funcionamento do Centro de Convenções de Marabá. Por enquanto, estamos vendo que todas as expectativas caminham para o nada. Estão colocando um pá de cal no Centro de Convenções, no Turismo de Marabá. Estamos declarando o fim de uma expectativa das mais baratas em termos de empregabilidade e desconcentração de renda. Mais uma pá de cal. O turismo ainda não morreu na minha mente, no meu modo de pensar um futuro melhor graças a nossa capacidade intelectual e força de vontade. Por enquanto, estou fazendo a minha parte. Não deixe o Turismo morrer!

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