domingo, 30 de julho de 2017

O vento que bate na vitrine do turismo brasileiro

Foto: Agência Pará - Cláudio Santos
Boas novas chegaram em fevereiro deste ano, com o anúncio que o Ministério do Turismo destinaria R$ 20 milhões para divulgar a Amazônia, torná-la Vitrine do Turismo do Brasil em 2017, para tanto, foi autorizada a criação de um grupo de trabalho com as secretarias de comunicação e de turismo dos estados amazônicos. A boa ideia de se fazer uma ampla campanha de divulgação nacional e internacional para potencializar o potencial turístico da região foi anunciada pelo ministro Marx Beltrão.

As forças do turismo amazônico foram desafiadas para mostrar a sua capacidade? Não. E, de forma institucional parte da campanha foi apresentada pelo Ministério do Turismo no dia 5 de maio, durante o Encontro dos Governadores da Amazônia em Rondônia. Foi mais uma ação que veio do “Planalto Sabe Tudo”, inclusive apresentou a campanha “Descubra uma Nova Amazônia”, peça publicitária que apresenta a multiplicidade da região por meio de experiências nos segmentos de natureza, englobando o ecoturismo e aventura, bem como as manifestações culturais e a rica gastronomia da região.. "Essa campanha vai fazer com que todos os brasileiros possam conhecer o verdadeiro valor da Amazônia”, afirmou o ministro Marx Beltrão.

Ao que parece a campanha está em curso, uma campanha publicitária forte e com estados pobres em suas ações turísticas. Essas pontas são interessantes, uma ponta grande e blindada e nas outras Estados que não conseguem impulsionar a vocação turística por falta de investimentos e infraestrutura para acolher os visitantes. Os problemas são grandiosos e não são enfrentados, faltam voos regionais, interestaduais e internacionais, por exemplo. Muitas empresas aéreas só querem explorar as regiões altamente lucrativas e o norte, o Norte do Brasil com sua grandiosidade territorial se torna subvalorizada pelas empresas aéreas. A divulgação da Amazônia não estando casada com melhorias na interligação, nas rotas aéreas cria um grande problema aos turistas, pois, essas dificuldades tornam as viagens mais longas e cansativas numa região que ainda não tem o turismo como uma vocação priorizada.

Tal ação milionária será que causou alguma onda? Onde que essa campanha beneficiou o turismo? Quais as cidades? Aumentou o fluxo nas Capitais? Sei que parece cedo fazer as cobranças. Verdade. Vamos ter que esperar o encerramento do ano para ver se rendeu mais que o investimento inicial de R$ 20 milhões entre os Estados beneficiados para aumentar o número de turistas.

Hoje a grande vitrine do turismo brasileiro, considero que seja a região Nordeste, mas, lá foi criada uma grande estrutura, estradas, aeroportos, novas linhas aéreas para locais que valorizaram seus pontos turísticos e priorizam uma boa receptividade. Lá o turismo se alastrou como fogo em palha seca para muitos estados e cidades, aconteceu uma disputa entre eles saindo como vencedor os turistas.

O vento foi numa direção e precisamos descobrir qual. Precisamos saber o que foi que ele deixou ou se foi apenas uma perda de tempo. Com a palavra o Tempo.


http://www.brasil.gov.br/turismo/2017/07/turistas-revelam-aquilo-que-mais-gostaram-ao-ir-a-amazonia


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