O turismo de
negócios e eventos é um dos objetivos que se pretende alcançar, para
impulsionar as atividades do Centro de Convenções de Marabá. O tempo todo se
fala sobre o tema sem, no entanto, a compreensão de que não precisamos esperar
que o empreendimento seja inaugurado, e que ele só existirá naquele grandioso
espaço. Antes, não tínhamos e continuamos sem tê-lo e isto não impede que
promovamos os grandiosos eventos. Por enquanto, os eventos são realizados e
passam batida as estratégias para se faturar com o turismo. Tenho visto que os
dois olhos estão com viseiras, tudo passa sem ser visto, apenas ouve-se falar e
nada mais.
Vamos falar um pouco sobre acontecimentos
recentes. Foi promovido no Ginásio da Folha 16, nos dias 8 e 9 de julho, a XIV
Copa Marabá de Judô, 4ª Etapa do Campeonato Paraense de Judô e Seletiva para o
Brasileiro da Categoria Sub-15 no masculino e feminino. Para as disputas vieram
20 associações e 300 atletas de Belém, Ananindeua, Bragança, Paragominas, Parauapebas,
Curionópolis, Serra dos Carajás, Novo Repartimento, Imperatriz-MA e
Teresina-PI.
A cavalgada,
evento que abre a programação da Feira Agropecuária de Marabá (Expoama) reuniu
no dia 8 de julho, uma multidão de pessoas. Quantas? Dois mil, cinco mil? Não
sei ao certo mas, pude constatar in loco a
participação de pessoas de diversos municípios paraenses e de outros estados.
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Julho vai receber dois Congressos das Testemunhas de Jeová, no período de 14 a 16 e de 28 a 30 de julho, ambos no Ginásio da Folha 16, com a previsão de participação de 6 mil pessoas vindas de 20 cidades do sul e sudeste do Pará. E paremos agora nestes três eventos.
Julho vai receber dois Congressos das Testemunhas de Jeová, no período de 14 a 16 e de 28 a 30 de julho, ambos no Ginásio da Folha 16, com a previsão de participação de 6 mil pessoas vindas de 20 cidades do sul e sudeste do Pará. E paremos agora nestes três eventos.
O que fazer com a promoção de eventos?
A classe empresarial, dissociada, não
consegue perceber o que perde por não estar unida. Ainda é a história da
Andorinha que sozinha não faz verão, não faz mesmo. Mas, mesmo assim, não temos
uma andorinha a querer produzir um pequeno ato em direção aos eventos. A
andorinha são os empresários, deles se esperam motivação para perceberem que
não faltam eventos. Com os três eventos mencionados abaixo, veremos claramente
boas oportunidades para se ganhar dinheiro, fazer negócios. É o turismo de
negócios e eventos que passa invisível e sem deixar dividendos.
Vamos aos casos. No evento de judô, realizado
nos dias 9 e 10 de julho, reuniu 300 atletas de diversos municípios. Afirmo sem
medo de errar, cerca de 90 por cento não conhecem a cidade de Marabá e seus
atrativos como a Praia do Tucunaré, a Orla Sebastião Miranda, o Zoobotânico e
etc. Para estes visitantes, nada foi oferecido, como pacotes de hospedagens e
passeios. Esses atletas foram embora sem terem conhecido a cidade.
Segundo caso, da Cavalgada e da Expoama que
não se resumem apenas à cidade de Marabá. Pelo contrário, muita gente de outras
cidades e estados. Como classe empresarial interessada, tenho de chegar junto e
conversar com os organizadores, tudo com muita antecedência, dizer que queremos
ser parceiros e oferecer a todos os visitantes da feira outras oportunidades de
lazer, principalmente no decorrer do dia, considerando que a festa acontece no
período noturno. Conversei com um turista que é do Estado de Sergipe e falei
sobre Orla e a praia, do shopping e zoobotânico. Ele visitou o zoo, foi à Praia
do Tucunaré e na Orla, disse que não gosta de Shopping e que não perderia o
show da Expoama por nada. Detalhe, este turista estava com um neto, que
estranhou quando eu disse que havia praia aqui, porque ele só conhece praia de
água salgada. A praia de rio, disse para ele, é muito interessante. Eles vieram
de uma viagem de passeio a Pacajá e perderam o voo e ficaram para conhecer a
cidade.
Outo evento, dos Congressos das Testemunhas
de Jeová, de 14 a 16 e 28 a 30 de julho, arregimenta 6 mil pessoas e nada para
se oferecer. Por quê? Por falha dos empresários acomodados e desligados. Quem
não desejaria esse público em sua cidade e faturar muito para o comércio local?
No dia 14 de julho estive em Itupiranga, na
festa de aniversário de 69 anos do município. As comemorações agitaram toda a
população e mais 20 a 30 mil visitantes. Hotéis com 100% de ocupação,
restaurantes lotados e intensa movimentação no transporte de pessoas para a
Praia do Macaco. Todo mundo faturando com a programação da Prefeitura.
Turismo de negócios e eventos é uma vontade
da classe empresarial que continua desunida. Cada um no seu quadrado à espera
do melhor vento, da melhor brisa, esperam que descubram que o seu hotel tem um
bom preço e bons serviços. Os proprietários de restaurantes e casas de shows da
mesma forma, deixam tudo passar por baixo de seus olhos, perdem negócios e
reclamam da falta de sorte.
* Por
Francisco Arnilson de Assis
Publicado
em 19/07/2017 08:41h
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