III Prêmio de Jornalismo em Turismo 2016. Crédito: Abrajet Pará |
Dizem que tenho facilidades com as palavras, que sei passar
um pouco de emoção nos textos e, que o tema é, de fato, muito agradável.
Escrever sobre turismo é legal, a gente começa nessa coisa sem se dar conta, de
repente ela está dentro da gente, vicia como uma bebida gostosa. É um mundo
novo e encantador, conhecer como se faz turismo e o prazer que ele proporciona. Numa
cidade centenária de quase 300 mil habitantes, na qual é a maior da Região Metropolitana de Marabá, Capital do Carajás e, que buscou a criação do Estado de Carajás, possui muitas de suas vocações ainda não exploradas, aumenta em muito a importância de se escrever sobre o turismo. As páginas desse livro chamado "Turismo Marabá" ainda não foram redigidas, mas, tem uma bela capa.
Turismo é uma atividade explorada em todos os dias do ano, não apenas no Verão ou quando se realiza a Feira Agropecuária de Marabá - Expoama, épocas em que os
textos aparecem em páginas inteiras em todos os veículos de comunicação. Nos demais meses o espaço fica vazio, sem notícias, como se nada mais houvesse na cidade. Antes tínhamos dos veículos impressos e agora apenas um. O jornal impresso local circula três vezes por semana e suas páginas ainda são poucas para inserir o nosso turismo e outros assuntos relevantes.
Neste aspecto, é fácil perceber que a mídia faz um pouco, escreve de vez em quando e, mesmo as redes sociais e os blogues não entram nessa seara de divulgar positivamente a cidade. Não temos esse portal de comunicação do turismo local ou regional. Mesmo os instrumentos institucionais pouco contribuem, preocupados em atender a todas as secretarias, pecam pela falta de exclusividade e zelo nas informações são diferentes. Não se escreve sobre turismo do mesmo modo que se faz com a educação ou saúde. Mas, o que há de especial nisso? Tudo é diferente e possui seus termos apropriados e, principalmente, dar uma informação completa e com muita antecedência. Dizer de um evento somente após a sua realização, sem ter visto o que ocorreu é uma falha, um grande erro de quem faz apenas para registro.
O divulgar é um trabalho exclusivo, não dá para fazer tudo e fazer a divulgação. Precisa-se de todos os detalhes, não esquecer nada e, principalmente, se antecipar ao que será feito. Mas, como quem faz tudo vai se dedicar com exclusividade? Se um turista estiver vindo para Marabá, para a Região ele vai querer saber o que está acontecendo, ele faz isso muito antes de aqui chegar, e digo mais, essa informação é decisiva para escolher a cidade que vai visitar. Daí, não são generalidades, miscelânias, o turismo é o turismo e ele é precisa ser profissional.
No vácuo de informações pertinentes, sabendo da extrema ineficiências com relação a prestação de informações, em 2015 criei o blogue Marabá Turismo, a minha vontade era criar um site e até adquiri dois domínios, um ponto.com e outro ponto.com.br mas, me cobraram mais de R$ 2,000,00 para construí-lo como pensei. Brincadeira muito cara para um município que despreza o turismo como fator de crescimento local e regional.
Como escrever se não há políticas para o Turismo?
Esse é mais um problema, nos aspectos culturais e turísticos há um silenciamento, e não é de hoje que a cultura vem perdendo seu espaço, que a política do turismo cobra uma atuação técnica e eficiente, que se utilize todos os mecanismos de promoção da cultura e se promova eventos e seja amplamente divulgados.
Ainda não temos uma preocupação de se criar eventos tradicionais e, mesmo os tradicionais ainda não foram vistos com carinho sincero. Mas, para se escrever, se não há eventos há atrativos, há movimentação espontânea de turistas pela cidade. Dá para se escrever sobre o que deveríamos ter como ação governamental e privada. Cobrir na medida do possível, não ganho nada para isso, pelo contrário, utilizo muito de meu tempo de trabalho para produzir.
A necessidade de escrever se torna um desafio a ser vencido. Existem as dificuldades e o desejo de aprender e de informar. Aquilo que não sei eu vou pesquisar na internet, nas ruas, vou entrevistar e ver a percepção das informações. É bom lembrar do respeito pelas fontes das informações
Também, existe dificuldades. A gente divulga com cortesia e às vezes encontramos pessoas ríspidas e mau educadas que tentam atrapalhar. E mais, a gente não recebe as informações oficiais ou, quando recebe, tem que digitar toda a programação que está na imagem, trabalho árduo. Por isso, muitas vezes não dá para passar o dia para ajudar na divulgação de um evento que a gente não foi valorizado.
O blogger é um instrumento interessante e eficaz, fica disponível para todos em todo o planeta onde funciona a internet. Fico feliz ao constatar os milhares de leitores diários que acessam o meu blog. Muitas pessoas ficam informadas de eventos e informações relevantes. Sobre o que temos a mostrar e a oferecer. A moeda de troca por uma informação divulgada é nenhum agradecimento, mas, isso não tem importância quando a gente recebe os comentários.
Espaços para divulgar o Turismo
Já recebi e agradeço muito o apoio que recebo da Secretaria de Estado de Turismo do Pará SETUR, onde recebo informações oficiais em primeira mão Da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo do Pará - ABRAJET, do Sindicato dos Jornalistas do Pará - SINJOR, do Grupo News de Comunicação - Revista INTERATIVA NEWS, do Grupo Correio de Comunicações através do Jornal virtual CORREIO DE CARAJÁS, da Confederação Nacional do Turismo - CNTUR e da Confederação Nacional do Comércio - CNC que me enviam boletins, da amiga Atainá Askânio e, de muitos colaboradores do whatsapp.
Todos os espaços de mídias poderiam se servir desse manancial chamado turismo. A informação é um instrumento poderosíssimo para o bem da economia, capaz de atrair muita gente para cá. Falta os artigos e matérias sobre o tema com pessoas que falem a verdade e informe com responsabilidade. As ações oficiais do turismo ainda são desconhecidas, não se tem notícias mas, nada me impede de escrever sobre um atrativo e valorizar a minha cidade. Tudo deve caminhar em prol da coletividade, divulgar o que há de bom e lindo, prazeroso e seguro.
Enfim, os instrumentos são muitos, desde o jornal impresso, as revistas sociais, as emissoras de rádio, os jornais impressos e televisivos, os sites e blogues podem fazer a sua parte, o povo precisa valorizar o que tem de bom nesta cidade e cobrar melhorias para outros. Vamos trabalhar a divulgação do turismo? Eu já comecei.
Francisco Arnilson de Assis
Colunista do blogue Marabá Turismo e da Coluna Cultura e Turismo do site do Jornal Correio de Carajás e Diretor do Sindicato Comércio Varejista de Marabá - SINDICOM.
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