quinta-feira, 13 de abril de 2017

Marabá entre o olhar Endógeno e o Exógeno

Praia do Sossego, cenário natural encantador
Durante a realização da Oficina de Regionalização do Mapa do Turismo Brasileiro, ocorrido em 21 de março, foi lançado um lindo vídeo que apresentava imagens do potencial turístico de Marabá, Esta produção da SKY LIRA do Vinícius correu a cidade como fogo em palha seca, saiu do ambiente e se espalhou em vários grupos de zap. Aliás, trabalho bem feito que retrata belezas sempre terá grande aceitação e é muito comum o compartilhamento. Foi uma febre, difícil encontrar uma pessoa que não o tivesse visto e compartilhado. As imagens de drone e o ângulo de filmagem permitiu um novo olhar, bem filmado e com luz privilegiada foi um encanto, um colírio para os olhos e, considerando a proximidade de aniversário de 104 anos de emancipação política causou nos moradores uma simpatia maior, minha cidade tão bela, maravilhosa, que mágico, muitos afirmavam ao ver pela primeira vez. Com isso, quero lançar uma ideia sobre como muitos residentes e pessoas de fora veem a nossa cidade.  



A Praia do Sossego é um balneário pouco conhecido
Ao longo dos anos tenho me surpreendido com o olhar endógeno que temos sobre nosso potencial turístico. Vou dar um exemplo, liguei para uma pessoa no Zoológico local querendo material para uma postagem. Perguntei o que havia ou o que estava acontecendo de interessante por lá. A resposta foi frustrante: "Nada". Insisti para que dissesse sobre a chegada ou o nascimento de algum animal, alguma novidade sobre obras ou melhoramento da infraestrutura, a resposta foi a mesma. O nosso amigo habituado ao dia a dia, vendo os mesmos animais diariamente, para ele muito do que acontece por lá não é rotineiro. Lanço aqui que ele tem um olhar habituado para as coisas de lá, vê de modo endógeno, ou seja, de dentro para fora e, às vezes, a falta de uma intenção de mostrar os detalhes, impede que se veja o que há de interessante. Depois farei uma relação com o outro modo. Nós que somos residentes, habituados a este cenário, em muitos casos pensamos que só ha belezas em outras cidades.

Mas, muito animador foram as impressões das pessoas oriundas de outras cidades. A sucessão de imagens associavam-se a uma reação instantânea de comentários: nossa que lindo! Mesma impressão ocorreu com o Sr. Michael Barkoczy, presidente da Flytour Viagens, ao ver um vídeo e a revista Marabá, Obra Prima do Pará, que de imediato revelou: "Marabá tem tudo que o turismo precisa!. Caso semelhante ocorreu com o Sr. Alexandre Rezende, diretor executivo do Goiânia Convention & Visitors Bureau, ele afirmou: "Marabá tem turismo para gringo ver". Esse olhar exógeno, vem de fora para dentro, neste modo, é peculiar que se tenha várias sensações, assim como o modo endógeno, produza reações positivas ou negativas. Podemos nos habituar com lixo nas ruas, tornarmo-nos tolerantes ao ponto de não ficarmos incomodados ou, de reclamar ao encontrar uma quantidade pequena deixada em algum ponto da rua. Normalmente temos essas reações, como ir na praia do Tucunaré mais uma vez e não se contentar e, por outro lado, uma pessoa que vá pela primeira vez encha-o de elogios.

Traduzir potencial em algo rentável, esse é o desafio
Espero que esta simples postagem possa modificar um pouco como vemos nossos atrativos, nem sempre vemos tudo e a maioria das vezes não sabemos dar um elogio, pois, já ouvi de muitas pessoas que a cidade não tem turismo. Querem dizer, nos convencer que não há atrativos. Perguntam-me o que Marabá tem. A resposta é bem simples, temos um Inventário Turístico que nos revela tudo que temos, como por exemplo as praias do Tucunaré, o Geladinho, a praia do Meio, do Espírito Santo, do Flexeiro, Vavazão, do Sossego, do Amor e dos Lençóis, Zoológico, Casa da Cultura e muitos outros pontos de interesse do turista.

"Descobrir a vida turística que há na cidade é um papel de todos que querem o turismo. Transformá-los em negócios de geração de emprego e renda é um trabalho do poder público e privado, todos ganhando. Do contrário, não exploram todo o potencial que passa na vista e não se converte em riquezas".

Enfim, quem chega se encanta com a cidade, podemos fazer o mesmo, basta um olhar mais carinhoso com tudo que temos, nossos atrativos naturais, nossos eventos, nossas edificações, nossa cultura, nosso povo, nossa gastronomia e enfim, há muita coisa. O olhar do turista se encanta com Marabá e precisamos ter essa motivação. De agora em diante se policie, não diga que não temos nada de turismo. Se não temos ainda tudo que consideramos suficiente, vamos manter o que há e lutar para inovar, criar, encantar e ficar encantado.

Autor: Francisco Arnilson de Assis 
Imagens de drone: Mágno D´Leon

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