Passamos de um centenário de existência e ainda não conseguimos consolidar o turismo de Marabá e região. Ainda vivemos épocas de estaca zero, a espera de um começo. Faltam estímulos para que sejam transformados nossos potenciais em produtos turísticos. O Criador do universo nos presenteou com imensos recursos naturais para uso de todos e para a atração de seus consumidores. Esta atividade composta por cerca de 52 segmentos é um bem intangível, difícil avaliar como um todo a riqueza natural e cultural de uma cidade e o que pode ser tabulado com retorno do investimento. Para que ocorram resultados é preciso que se invista nos pontos e rotas turísticas, na realização e divulgação de eventos como forma de valorizar quem nos visita diariamente.
As cidades são vistas
segundo seus potenciais e estes sozinhos não produzem riquezas, é preciso criar
as condições de conforto e de encantamento dos turistas. Considerada como uma
força de impulso sustentável da economia de muitos municípios é capaz de
viabilizar viagens, hospedagens, entretenimento e alimentação às pessoas em
suas viagens a passeio ou a negócios.
A cidade de Marabá é
privilegiada em diversos aspectos, pelos modais: rodoviário, ferroviário e
fluvial, sem contar o Aeroporto João Correa da Rocha, imensa rede de hospedagem
e gastronomia, instrumentos de lazer como nossos rios e suas praias, o Zoo botânico,
o Shopping Pátio de Marabá, a Orla Sebastião Miranda, nossas manifestações
culturais e etc. Temos condições de promover diversas atividades: o turismo
fluvial e de praias, receptivo, cultural, religioso, histórico, gastronômico,
rural, o ecoturismo, o turismo de negócios, de eventos, de lazer, de pesca e
outros.
Um município pode ser um
produto turístico, quando promove seus atrativos e oferece serviços
diversificados colocados nas prateleiras do mercado, neste caso, vendidos nas
agências de viagens, feiras de turismo, de negócios e eventos. Mas, neste
aspecto, infelizmente anda não soubemos utilizar profissionalmente nossas
potencialidades, não temos nossos produtos nas prateleiras. Estamos deixando-os
do lado de fora de uma vocação prioritária. Neste aspecto, o nosso maior cartão
postal, a Praia do Tucunaré (no rio Tocantins) e a Orla fluvial vive dias de
profundas incertezas de dias melhores, lembrando que no passado realizávamos
grandiosos eventos no período de Veraneio e o famoso Maraluar com atrações
musicais para diversão dos banhistas e um considerável fluxo de turistas.
No turismo todos ganham,
desde as gestões municipais com maior arrecadação de impostos, contribuições e
taxas das operações realizadas, incremento das vendas do comércio, bem como,
dos empresários e indivíduos que dedicam tempo e investimentos financeiros na
valorização das riquezas naturais e artificiais com retorno financeiro
garantido.
Existe um caminho para a
fabricação do produto turístico, cada município e região devem trabalhar nesta
construção em função de suas características, com o envolvimento de todos os
setores de produção do produto, da cadeia hoteleira, lojas, casas de shows e
artesanatos, o que permite um estímulo à criação de novos produtos, com base no
inventário turístico destes, valorizando a oferta e atraindo maior fluxo de
demanda.
Muitos gestores ainda
pensam que o turismo é somente uma política pública, provida 100% pela gestão
municipal. Atualmente o setor público é parceiro e articulador, chamando para
os atrativos e eventos os demais parceiros, não se faz mais nada sozinho. O
Turismo é articulação e parceria, um potencial turístico perde todo o seu
sentido se não for visto pelos parceiros com uma ação de produto
comercializável e capaz de encantar seus clientes para que gostem, voltem e
tragam mais pessoas, afinal, o turismo é a indústria da felicidade para quem
consome e para quem promove.
A cidade de Marabá tem no turismo
uma vocação econômica importante e estratégica aos moradores e visitantes: ruas
bem limpas, pavimentadas, sinalizadas, segura e toda uma população orgulhosa de
apresentar para o mundo suas belezas. Somos vistos e lembrados pela mídia
nacional e temos pontos de interesses dos turistas, de pesquisadores,
educadores, pessoas que vem para fazerem negócios, precisamos levá-los através
do turismo receptivo para conhecerem nossos diferenciais. Nas agendas dos
visitantes, sempre que possível, deve-se programar no mínimo um dia para
visitação. De agora em diante vamos querer transformar nossos potenciais e
eventos em produtos, encher a cidade de turistas para o bem econômico de todos
e da gestão pública. Acredite você também!
*Francisco Arnilson de Assis
https://www.correiodecarajas.com.br/coluna/no-turismo-nao-basta-ter-potencialidades
Portal: Jornal Correio de Carajás Colunas Cultura e Turismo
Publicado em 20/06/2017 11:31h
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