Quando se espera por uma promessa há um certo conformismo,
quando acreditamos na capacidade alheia também cruzamos os braços, quando acreditamos nas nossas capacidades começamos a andar. Vários fatores
nos levam a crer que o futuro se constrói no dia-a-dia, no presente e se chega
no futuro com geração de riquezas e empregos. Diz-se que não temos capacidade de
produção agrícola, nem perspectivas para a piscicultura e outras justificativas.
Talvez não solucionemos os problemas do planeta, do pais, do estado ou do
município, coisa que a gente sempre pensa, uma solução para muitos problemas.
Na verdade, uma solução resolve um problema, assim como uma chave deve abrir apenas um cadeado.
Uma solução “Salvadora da Pátria”, foi a nossa
expectativa em relação ao Projeto Alpa, que acabaria com os problemas de
desemprego foi nos vendida em embalagens brilhantes. Foi mais uma artimanha de
políticos para se capitalizarem eleitoralmente. Ficamos com o ônus do grandioso
problema, nos tornamos em 2009 a segunda cidade mais violenta do Brasil E a novela volta com
força total com o projeto do governo do Pará, da Ferrovia Paraense de 1.316
quilômetros de extensão, passando por 23 municípios de norte a sul do Pará,
conectando Barcarena a Santana do Araguaia com previsão de gerar, isso não
podem deixar de informar, é o famoso cala a boca do povo, gerar 38 mil empregos
diretos e indiretos durante a execução da obra , avaliada em R$ 14
bilhões. E com outros projetos de grandes envergaduras.
É esse o nosso amanhã? Vai vir em 2020? As promessas acirram
as expectativas e em breve a cidade se encherá de aventureiros e muita mão de
obra importada e outras tantas sem qualificação. Foi assim com a Alpa, vieram
muitas pessoas que não encontraram os empregos prometidos, estão por aqui e
outras foram embora. Era tanta gente que na cidade havia 27 invasões urbanas.
Foi um desassossego sem precedentes sem que a cidade tenha melhorado suas condições
de atendimento para eles, nenhuma escola, posto de saúde, creches e etc.
O amanhã será amanhã, ali depois de não sei quando. O hoje é
um presente sem futuro para nossa gente, pois, nada foi construído no ontem e
hoje não temos o presente fruto do trabalho, todos precisando de um emprego que
foi parar na China, Japão, para onde mandamos nossas matérias primas. Queremos
mais uma ferrovia e nos esquecemos que ela gera empregos apenas na fase de
construção, depois, quatro ou cinco centenas de pessoas ficarão empregadas. É
isso que não dizem os políticos profissionais que miram os anos eleitorais para
trazer projetos fabulosos.
Chega de amanhãs sem pés no chão
As palavras de políticos, por regra geral, são confiáveis e
caem em seguida em descrédito. Foi assim para acalmar os desconfiados da Copa do Mundo. O
jogador Ronaldo Nazário afirmou sobre
os gastos públicos feitos para a competição, que são um dos principais motivos
dos protestos ocorridos no Brasil. Para o ex-jogador, a organização do evento
não tem pecado. ''O Povo tem de se sentir orgulhoso de pagar imposto e
ver que vão ser feitas coisas importantes. Coisas que ficarão para a gente.
Teremos estádios, ferrovias, estradas... Tudo ficará para o povo'', disse.
O amanhã que se previu foi
uma grande tapeação, continuamos mais pobres e sem legado, ocorreram problemas
na gestão desses recursos públicos por parte de políticos, muitos pecados.
Ontem tínhamos a previsão de dias melhores, hoje sabemos que o bônus ficou nos
discursos.
Como diz a letra da
música, a gente quer dinheiro e felicidade, a gente quer inteiro e não pela
metade, diversão e arte, balé, desejo, necessidade, vontade. Tudo isto é
possível com a geração de riquezas, tudo isso são produtos e serviços que
possuem valores para serem adquiridos, as riquezas são frutos de trabalho, do
povo com empregos e bons salários.
O ontem já se foi, hoje é
um presente, o amanhã ainda virá com desejos e necessidades e empregos para
toda parte. Que se semeiem hoje o futuro que virá.
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