sábado, 19 de agosto de 2017

Varginha MG ainda não soube tirar proveito dos ET´s


Caixa d'água em formato de Disco Voador
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Varginha)
Sem dúvida o turismo se vale da cultura, da história de um lugar, da natureza, dos atrativos e até de uma localização privilegiada. O turista tende a se interessar por acontecimentos históricos, por fatos exóticos, por muita coisa no qual possa expandir seus conhecimentos e relações interpessoais, estamos falando de coisas incomuns e até extraordinárias. Mas, é preciso um trabalho de pesquisa sobre esses elementos, vamos tentar colocar alguns pontos que podem se tornar interessantes, por exemplo, a cidade viveu vários ciclos econômicos, desde o caucho, da castanha do Pará, do Ouro, do Diamante e etc. Viveu episódios históricos como da Guerrilha do Araguaia, do Ouro de Serra Pelada, do Massacre dos Sem Terra e etc. 


Uma cidade sem muita experiência tentou explorar o episódio dos Extra Terrestres com o turismo.
Uma caixa d`água no centro da cidade tem o formato de um disco voador, as paradas de ônibus tem na cobertura um nave espacial, fora muitos lugares onde há estátuas. Mas, é sobre a falta de visão do desenvolvimento turístico que estamos evidenciando. Segundo um consultor local do SEBRAE, perdeu-se tempo e dinheiro e muitos turistas poderiam estar visitando, se hospedando e gastando para conhecer esta história. É a gestão pública que falha na hora de impulsionar e diversificar a economia local e deixa-se de faturar.

Miniaturas comercializadas - Mercado Livre
Acontecimentos podem ser explorados turisticamente, seja na forma de museus, monumentos, passeios, souvenirs e etc. Muitos lugares sabem explorar o singular, o incomum, inusitado, exótico. Vamos de um caso de repercussão mundial. A cidade de Varginha tem o seu forte a produção de café de alta qualidade sendo um dos principais centros de comércio e produção do Brasil e do mundo, tem o maior PIB do sul de Minas Gerais (4 bilhões em 2010) foi apontada pela revista Veja em 2011 como a sétima melhor cidade do Brasil para se viver e investir, mas, é conhecida por um suposto aparecimento de criaturas alienígenas ocorrido em 1996.


Memorial do ET - o Museu do Ufólogo

(Foto: Samantha Silva/G1)
O Ministério do Turismo chegou a liberar 500 mil reais para ajudar e a prefeitura se comprometeu em investir mais 400 mil, para a construção do Memorial do ET, funcionando como um museu ufólogo em dois pavimentos. A construção foi paralisada e a obra ainda não foi concluída, espera-se que seja entregue ainda este ano para receber turistas. O acontecimento ocorrido em 20 de janeiro de 1996 ganhou a atenção da imprensa internacional, quando três jovens relataram ter visto um ser estranho, baixinho de pele marrom claro, de olhos vermelhos saltados.

Um artesão não perdeu o momento, dos relatos vistos e ouvidos criou o que é considerado como um ET, são objetos em miniaturas com formatos e valores diferentes, são peças que são vendidas na cidade em 15 pontos distintos, no próprio estado de Minas Gerais, como também no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. O artesão costuma comercializar até mil peças num único dia.



Estátuas do ET relembram caso em Varginha
(Foto: Claudemir Camilo / Tarcísio Silva / EPTV)
Como está a obra hoje?
A cidade não tirou proveito do feito único, da aparição de Extra Terrestres, que, embora não seja verdade criou-se a lenda. E o museu continua com as obras paradas. Assim como tantas outras cidades que não priorizam o seu potencial turístico, simplesmente acham que não precisam melhorar a vida de seus moradores, mostrar suas riquezas materiais e imateriais.

A próspera cidade de Varginha está na categoria C, do Mapa do Turismo Brasileiro, o ET é um símbolo da cidade e atrai visitantes para as fotografias, o Museu seria mais um monumento capaz de presentear os visitantes com as várias histórias e conhecer sobre outras aparições pelo mundo.

O município possui no braço sul do Lago de Furnas, marinas para barcos, jet skis, casas flutuantes e muitos pontos para pescarias


O Município possui parque zoobotânico, museu municipal, parque centenário, casarões antigos e, ao longo do braço sul do Lago de Furnas, marinas para barcos, jet skis, casas flutuantes e também locais para pescaria.

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